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domingo, 18 de abril de 2021

“Não foi uma absolvição”, afirma Gilmar Mendes sobre caso de Lula

 Domingo, 18 de Abril de 2021

Foto: Gabriela Biló/Estadão

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, avalia que a Operação Lava Jato provocou um “colapso” no Judiciário, atingindo da primeira instância até o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em entrevista ao Estadão, Gilmar disse que essas instâncias sucumbiram a “pressões políticas” da força-tarefa que comandou a operação em Curitiba. “O STJ não cumpriu adequadamente seu papel”, afirmou.

O ministro ressalta que o Supremo anulou as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por questões meramente processuais, ao concluir que os casos não deveriam ter ficado em Curitiba. O STF não entrou no mérito se o petista cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Não foi uma absolvição”, observou.

Expoente da ala garantista, Gilmar admite que a correção de rumos imposta pelo STF coincide com o momento em que a Lava Jato caiu em desgraça, mas afirma que isso se deve à “estrutura hierárquica do Judiciário”, na qual o Supremo é o último a se manifestar.

Gilmar já fez duras críticas a posições adotadas pelo novato Kassio Nunes Marques que coincidem com os interesses do presidente Jair Bolsonaro, responsável por sua indicação. Mesmo assim, disse não ver riscos de uma Corte “bolsonarista” e afirmou que os vínculos políticos dos magistrados vão se “esmaecendo com o tempo”. Veja a entrevista completa.

Estadão Conteúdo

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. Vão inventar condenação sem condenação para justificar o desejo de condenar o Lula. Não existe condenação contra o Lula. Você só é culpado quando condenado. O antônimo de culpado é inocente. Acabou. Qualquer outra coisa é retórica alucinógena.

  2. E foi o quê. Se a Vara de Curitiba não tinha competência por que os togados não avisaram antes. STF envergonhado os brasileiros de bom senso.

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