Prezados
Colegas,
Como é do
conhecimento de todos nos dias 01, 02 e 03 de junho do corrente ano, será
realizado o tradicional evento da cidade de Martins/RN, o Encontro Hiran Xavier
de Motociclismo. Os rumores diziam o contrário. Porém, os seus precursores, com
o nosso amigo ilustre Robson Oliveira a frente de tudo, resolveram ir a campo e
buscar subsídios para não deixar o evento sucumbir.
Pois,
bem! Em meio a essa busca, fosse pelo lado financeiro ou ajuda humanitária, a
organização procurou a ajuda de três motoclubes: Serração, B-17 e nós dos
Mijões do Asfalto para participarmos e colaborarmos com evento (pois só quem já
o fez, sabe o quanto é difícil). Com muita honra e satisfação, aceitamos o
convite, haja vista o crédito debitado em nossa competência e sem falar no fato
de todos os componentes serem filhos de Martins. Ficamos extremamente
lisonjeados com o convite do nosso estimado amigo Robson Oliveira.
Em meio a
tanta alegria por saber que o evento iria e irá acontecer e, pelo fato dos
Mijões do Asfalto estar juntos com essa equipe, mais do que competente,
contribuindo para isso seja possível, tivemos uma notícia lastimável que nos
faz pensar e indagar: O QUE NOS QUALIFICA COMO MELHORES OU PIORES? Para nós é o
caráter, mas para alguns é o NOME.
Para que
se entenda melhor, iremos explicar os fatos, ressaltando apenas que nossa
indignação não é com a organização do Encontro.
No
sábado, dia 21/04, recebemos uma notícia de que Robson Oliveira havia
encaminhado o banner do evento para a
ilustre Revista Motoclubes, neste ato, representada, pelo senhor Maia dos
Abutres. Após o envio do referido banner o mesmo ainda não havia sido
veiculado na Revista. Ao entrar em contato com o editor, o senhor Maia, Robson
Oliveira ficou surpreso com a resposta enfática e intimidadora: “Só faço a divulgação na Revista e a
cobertura se a bandeira dos Mijões do Asfalto não estiver contida no banner” (Maia). Lembrando que, a
organização irá pagar a Revista para fazer a cobertura do evento. Mas, mesmo
assim eles só irão mediante a imposição de que não estejamos ligados ao evento.
Desta
feita, em reunião, realizada na data supracitada, a organização do evento, Robson,
Serração e Plínio, representando os Mijões, colocaram a mesa as seguintes opções:
Deixar a bandeira dos Mijões no banner e não divulgar o evento na
Revista Motoclubes? Ou divulgar o
evento na Revista Motoclubes, que é acessada em todo território nacional, e
retirar a bandeira dos Mijões? Mediante os fatos, a decisão foi retirar a
bandeira dos Mijões do banner. A
princípio, seria retirada apenas do banner
que iria ser veiculado na Revista. Nos cartazes e nos folders, continuaria. Mas
como “o caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver”
resolvemos em respeito aos nossos amigos e companheiros de estrada nos retirar
do evento, já que não somos gabaritados (para alguns) para sermos divulgados em
um site, por causa do nome que escolhemos para carregar, também não vemos necessidade
de continuarmos “presentes” no evento.
Então, mediante este
lamentável episódio, resolvemos expor aos colegas motociclistas a nossa
tristeza, indignação e repúdio, pois não sabíamos que existia uma regra na
comunidade motociclística de que deveríamos possuir nomes nobres, altruístas,
medievais ou coisa do gênero para participarmos do que quer que seja.
Desta forma, queremos ratificar
que não é um nome que define o que ou quem você é, e, sim, o seu caráter. Criar
um moto clube ou um moto grupo é bem mais do que simplesmente inventar um nome
bonito, fazer camisetas ou possuir a melhor moto. Na realidade o nome deve ser
a última coisa a ser criada. Ser motociclista é viver uma identidade diferente daquela convencional, é
ter a palavra LIBERDADE tatuada na alma, é ter a certeza de que em cada parada
faremos um novo amigo.
Lamentamos por saber que nos dias atuais ainda existam
pessoas preconceituosas e pobres de espírito como o nobre senhor da Revista que
nos aferiu a qualificação de “chulos”. Uma pessoa que se diz amante do motociclismo, mas que, infelizmente, costuma
julgar as pessoas pelo nome, tendo em vista que não é a primeira vez que o
senhor Maia busca nos menosprezar. Se achar capaz não quer dizer
necessariamente que o é, haja vista o fiasco que foi o evento organizado por
ele aqui em Natal. Aprenda que não se deve julgar um livro pela capa. Procure antes
e, acima de tudo, saber o seu conteúdo para daí formar conceitos e tirar suas
conclusões, uma vez que não se qualifica o homem por seu nome e sim por suas
virtudes e ATOS.
O fato de ter um brasão não
qualifica ninguém como melhor ou pior, somos todos seres humanos, errando e
acertando. E o que falta dentro da vasta comunidade de duas rodas são pesquisas
e estudos sobre o que envolve essa comunidade. As pessoas denominam o que elas
acham ou o que por ventura passaram de bom ou ruim, trazendo a tona comentários
ou opiniões que muitas vezes vêm distorcidos, afinal, grupos não
são formados a toa e os brasões servem para destacar várias ideologias, mas
nunca para separar o que todos têm em comum que é a paixão pelas duas rodas (ou
três).
Nós dos Mijões do Asfalto,
apesar de parecermos ou sermos jovens, gostamos de ser tradicionalistas,
seguindo costumes tão antigos quanto à motocicleta, tais como: respeito mútuo,
irmandade e liberdade, pois acreditamos que neste mundo exista lugar e espaço
para todas as tribos.
Temos que procurar manter a
unidade na diversidade. Como dizia Paulo apóstolo, o corpo, mesmo sendo um só,
tem vários membros, cada um diferente do outro, porém cada qual tem sua função
vital. Nós também formamos um só corpo em Cristo, independente do nome que
carregamos. Cada qual com seus dons e talentos que devem ser respeitados.
Ressaltamos ainda, ao senhor
Maia, que um motoclube deve sempre partir de um grupo de amigos, onde os passos
mais importantes devem ser a amizade, o companheirismo e o respeito para com
seus membros e os outros motociclistas. Então, é em nome dessa amizade, do
companheirismo e do respeito que temos pelos membros dos Mijões do Asfalto e
por aqueles que são nossos amigos, que conhecem nosso caráter e que sabem da
nossa paixão pelo motociclismo, que informamos que não mais iremos participar
do evento de Martins.
Por fim, não temos que explicar às pessoas porque andamos de
moto. Para os que compreendem, nenhuma palavra é necessária, para os que não
compreendem, nenhuma explicação é possível.
O Céu é nosso teto, a Estrada é nossa Pátria, a Liberdade é
nossa religião, o NOME é consequência e o CARÁTER é resultado da nossa conduta.
Cordialmente,
Mijões do Asfalto.
Nota do Blog Martins em Pauta:
”Meus nobres colegas dos
Mijões do Asfalto não baixem a cabeça todos sabemos do caráter de cada um de
vocês, estou com vocês tudo acima citado e de estrema verdade...”.
Via NPRN