Segunda, 30 de junho de 2025
O Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, avança no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete membros de sua gestão, acusados de integrar uma suposta “trama golpista”. A previsão é que o julgamento ocorra entre agosto e setembro, após o encerramento do prazo para alegações finais.
Moraes estabeleceu 15 dias para que as defesas dos réus – incluindo Bolsonaro – apresentem suas considerações. O mesmo prazo foi concedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente. Com isso, as manifestações devem ser concluídas até o dia 11 de agosto. Mesmo com o recesso do Judiciário em julho, os prazos seguem correndo normalmente, numa clara demonstração da pressa incomum com que o caso vem sendo conduzido.
Ao abrir a fase final do processo, o ministro afirmou que todas as diligências da instrução já foram cumpridas, encerrando oficialmente essa etapa. Moraes ainda determinou que órgãos como o TSE, STJ, STM e tribunais regionais enviem certidões de antecedentes criminais dos envolvidos, em mais um movimento que, para muitos analistas, revela o caráter político da investigação.
Durante os interrogatórios na Primeira Turma do STF, os acusados negaram veementemente qualquer articulação golpista. O ex-presidente Jair Bolsonaro reiterou que sempre respeitou a Constituição e agiu dentro das “quatro linhas” da legalidade, ainda que reconheça ter discutido hipóteses de questionamento eleitoral com comandantes militares — algo que, na prática, se encaixa no exercício legítimo da liberdade política e de expressão.
“Não havia clima, apoio popular ou institucional, nem base jurídica para qualquer medida extrema”, afirmou Bolsonaro, ressaltando que conversas sobre reações ao resultado das urnas nunca passaram de desabafos diante das inúmeras desconfianças suscitadas pela falta de transparência no processo eleitoral de 2022.
Opinião dos leitores
Depois de uma pisa dessa… e pior foi ver Wallysson reclamando da preguiça de uns jogadores, o negócio tá feio. A turma trata os times do RN como SPA.