- Publicado em 05 de Abril de 2014
Violência sexual ocorreu no Ceja
Na manhã da última quinta-feira, um caso de estupro foi registrado em uma sala de aula no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), no bairro Nova Betânia, que atende a alunos fora de faixa etária. Um adolescente infrator violentou sexualmente uma jovem de 19 anos, que sofre de problemas mentais.
Segundo informações colhidas com a Polícia Civil, o adolescente de 17 anos cumpre medidas socioeducativa no Centro Educacional Semiaberto (Ceduc) do conjunto Santa Delmira e estuda no turno matutino do Ceja, onde a jovem violentada também estuda. O estupro se consolidou por por volta das 11h30, quando quase todos os alunos da manhã já havia ido embora.
Na ocasião, o acusado esperava o carro do Ceduc para levá-lo de volta quando viu a jovem sozinha, que aguardava a família. O menor a levou para dentro de uma das 16 salas, fechou a porta e a estuprou sem que ninguém o incomodasse. "Após a violência, o acusado voltou para o Ceduc e a garota foi levada para casa, sem dizer nada. Chegando em casa, a mãe notou comportamento estranho da moça e ao indagá-la, ela disse o que tinha acontecido", explicou um agente civil que trabalha na Delegacia Especializada no Atendimento ao Adolescente Infrator (DEA), para onde o caso foi encaminhado.
A reportagem do O Mossoroense esteve ontem no Ceja e teve a confirmação do estupro. Um professor que trabalha na unidade escolar explicou que aproximadamente dois mil alunos fora de faixa estudam no local e no momento da violência sexual, apenas o vigilante controlava a saída dos alunos. "Aqui no horário da saída somente o porteiro fica no local e no dia ele não percebeu a ação criminosa, devido a escola ser muito grande e ter poucos funcionários", destacou.
Medidas
De acordo com o professor, a escola tomou conhecimento do caso ontem, depois que a mãe da vítima procurou a escola para comunicar o estupro. Após se inteirar do problema, a direção comunicou o caso à polícia, à Justiça e à direção do Ceduc. "A escola comunicou às autoridades competentes e deverá solicitar a saída do adolescente do quadro de alunos, uma vez que é um perigo para funcionários e alunos uma pessoa dessa em nosso meio", concluiu.
A diretora do Ceja não foi localizada pela reportagem do O Mossoroense para comentar o assunto. O nome da aluna não foi revelado para resguardá-la de qualquer constrangimento público.
A jovem foi levada ontem à sede do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) para exames de conjunção carnal. O caso está sendo investigado pelo delegado Caetano Bauman, titular da DEA.
fonte: O Mossoroense