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sábado, 15 de maio de 2021

Países ricos devem doar vacinas excedentes em vez de imunizar adolescentes e crianças, diz OMS

 Sábado, 15 de Maio de 2021

Foto: Getty Images

Nesta sexta-feira, em Viena, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, encorajou os países ricos a doarem o excedente de seus estoques de vacinas contra Covid-19 ao Covax, programa de distribuição de imunizantes para os países mais pobres, em vez de seguir aplicando as doses em grupos de baixo risco, como adolescentes e crianças. O Brasil deverá receber cerca de 42 milhões de doses do consórcio até o fim do ano.

A razão, segundo Tedros, é muito simples: “Em países de renda baixa e média-baixa, o suprimento de vacinas não tem sido suficiente nem mesmo para imunizar os profissionais de saúde, e os hospitais estão sendo inundados com pessoas que precisam urgentemente de cuidados que salvam vidas”.

Quase 1,4 bilhão de doses de vacinas Covid-19 foram aplicadas em pelo menos 210 territórios ao redor do mundo. Cerca de 44% delas foram administradas em países de alta renda, representando 16% da população global. Apenas 0,3% foram administrados nos 29 países de renda mais baixa, onde vivem 9% da população mundial.

A OMS espera que mais países sigam a França e a Suécia na doação de vacinas para a Covax após inocular suas populações prioritárias, para ajudar a resolver um abismo nas taxas de vacinação. Canadá e Estados Unidos estão entre os países que autorizaram vacinas para uso em adolescentes nas últimas semanas.

O conselheiro da OMS, Bruce Aylward, disse que a entidade está em contato com os EUA para analisar o compartilhamento de vacinas com o Covax. “Eles reconhecem que compartilhar essas doses pode ajudar a garantir um maior impacto geral”, disse Aylward durante o evento em Viena. “Eles querem estar prontos quando as doses estiverem prontas. Estamos trabalhando em paralelo.”

O coronavírus já matou pelo menos 3,3 milhões de pessoas desde que o surto surgiu na China em dezembro de 2019. “Estamos no caminho certo para que o segundo ano desta pandemia seja muito mais mortal do que o primeiro”, disse Tedros. “Salvar vidas e meios de subsistência com uma combinação de medidas de saúde pública e vacinação – não uma ou outra – é a única saída.”

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