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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Calendário de imunização do Rio contra covid a partir de 18 anos até outubro é ‘realista’ e terá reserva técnica para garantir segunda dose, diz secretário

 

Quinta, 13 de Maio de 2021

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

O calendário de imunização divulgado pela Prefeitura do Rio na noite desta quarta-feira, dia 12, — que prevê vacinar todos os moradores da capital com mais de 18 anos até outubro — é tido como “realista” pelo secretário Municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, de acordo com a estimativa quanto à entrega de novas doses pela Fiocruz e pelo Ministério da Saúde. A expectativa é de que 30 mil pessoas sejam vacinadas contra a Covid-19 por dia, de segunda-feira a sábado neste período. Para manter sem atrasos o calendário de segunda dose — etapa necessária nos três imunizantes aplicados na capital —, o município segue fazendo uma reserva técnica de parte do lote.

O município também não descarta integrar o calendário unificado para o estado do Rio, conforme o secretário Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, voltou a falar na possibilidade de criação. De acordo com Soranz, o planejamento divulgado nesta quarta foi desenhado considerando a idade como um dos fatores de risco para morrer de Covid-19, logo após pessoas com comorbidades e com deficiência, grupos contemplados nessa fase em curso.

— O calendário é realista. Nós estamos prevendo aplicar 30 mil doses de vacina por dia, que é um número bem inferior do que a gente vem aplicando hoje — disse Soranz, em entrevista ao “Bom Dia Rio” nesta quinta-feira. —Assim foram feitos em muitos países, então a gente volta por idade, 3 dias para cada idade, gradativamente, até outubro, quando vacina 18 anos.

Para evitar atrasos da segunda dose para os próximos grupos, o município segue fazendo reserva técnica, em que parte do lote fica guardado para concluir a imunização. Soranz conta que a estratégia concilia acelerar a vacinação com a primeira dose, mas mantém parte deste grupo coberto com a garantia da segunda etapa.

— A gente sempre faz uma reserva técnica de determinado período, não do período todo completo, porque é muito importante que a gente aplique o mais rápido possível a primeira dose. A Fiocruz já regularizou sua produção. Então, a gente pode aplicar essas primeiras doses com segurança porque tem uma pequena reserva para garantir essa vacinação — contou o secretário municipal. — Se não, a gente iria segurar muitas doses, em 3 meses, o que não seria positivo. A gente segue a recomendação do Ministério da Saúde, mas também faz uma reserva técnica para garantir as segundas doses.

Alexandre Chieppe voltou a falar na possibilidade de unificar os calendários de vacinação no estado do Rio, como disse em entrevista nesta manhã ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo. Segundo ele, a ideia seria criar um cronograma único após concluir o grupo de pessoas com comorbidades, em julho. Soranz diz que o município está aberto à discussão, mas que espera que as demais cidades e até mesmo outras capitais sigam o planejamento por idade.

— A princípio não tem nenhuma discussão para mudanças desse calendário. Pode ser que os outros municípios acompanhem a capital do Rio, que fez um calendário por idade, mais objetivo, que vai contemplar toda a população e tentando dar um pouco mais de previsibilidade para as pessoas de quando elas vão se vacinar. Então, a princípio, estamos abertos a essa discussão, e esperando que outros municípios, outras capitais acompanhem a gente nesse calendário por idade logo depois do grupo de comorbidades e de pessoas com deficiência — disse Soranz.

Quanto à vacinação das grávidas com comorbidade, grupo desta fase de prioridades, o secretário municipal de Saúde afirma que a imunização continua, mas apenas com doses da Pfizer. Após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o município suspendeu a aplicação da AstraZeneca em gestantes. A CoronaVac também é sugerida para o grupo, mas, no momento, tem os lotes reservados, à medida que são entregues, para concluir a vacinação dos primeiros grupos que estão com a segunda dose atrasada.

— Na cidade do Rio, a CoronaVac é para completar a segunda dose. A gente não vai aplicar nenhuma primeira dose de CoronaVac enquanto não zerar a primeira turma que tomou a primeira dose e não tomou a segunda. Aqui no Rio, as grávidas estão tomando a vacina da Pfizer, lembrando que é preciso ter recomendação médica — disse.

A aplicação da segunda dose da AstraZenaca nas gestantes que tomaram a primeira está suspensa enquanto o município aguarda nova determinação do Ministério da Saúde e da Anvisa.

O Globo

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