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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Eleição suplementar revela esfacelamento do DEM da “Rosa”

Quinta-Feira - 03/04/2014  
Mossoró


É de penúria o esvaziamento do DEM, outrora poderoso DEM, em Mossoró.
Parece paradoxal, que o partido que ficou no poder em Mossoró durante cerca de 17 anos ininterruptos, e alcançou o apogeu com o ascensão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (DEM) no Governo do Estado, esteja destroçado.
Não tem sequer um vereador apoiando sua chapa às eleições suplementares do município, marcadas para o próximo dia 4 de maio.
A propósito, que chapa?

Rosalba e Cláudia: voo cego e sem co-piloto (vice) até agora
A governadora e seu marido Carlos Augusto Rosado, comandantes supremos do partido no município, até agora não conseguiram fechar nomes para a disputa.
Apostam na divulgação da “candidatura” da prefeita cassada e afastada Cláudia Regina como concorrente à prefeitura, mas para fechar nome a vice não encontra quem aceite. As primeiras tentativas terminaram em verdadeiros micos públicos.
A empresária Seyssa Praxedes (PR) foi anunciada como a escolhida.
Horas depois, seu próprio partido a descredenciou e ela mesma disse “não”.
Depois foi o marido de Seyssa, ex-vereador e ex-candidato a prefeito (2008) Renato Fernandes (PR), quem avisou ao casal que aceitava.
Não vingou pelo mesmo motivo. O comando estadual do PR quer distância da companhia de Rosalba e orientou a sigla em Mossoró a apoiar a concorrente Larissa Rosado (PSB).
Houve até tentativa de um velho recurso: sensibilizar o ex-vereador Chico da Prefeitura (DEM) para topar o sacrifício. Dessa vez, ele não caiu no “conto da Rosa”. Com a família, pegou rumo da postulação do prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD).
O agravante é que o esfacelamento do partido não para por aí. Ainda ano passado, a ex-prefeita Fafá Rosado deixou o DEM para pousar no PMDB. Seu marido, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), ficou por questão legal, pois sua saída implicaria em perda de mandato por infidelidade partidária.
Nem o líder nacional e estadual do DEM, senador José Agripino, bota fé ou incentiva o capricho de Rosalba, Carlos e sua “comadre” Cláudia Regina.
Numa hipotética campanha municipal, ninguém espere sua presença em palanque.
Poucos e raríssimos partidos querem participar da aliança com o DEM nessa empreitada, cenário diametralmente oposto ao ocorrido no pleito regular de 2012.
A escolha do próprio vice do DEM merece outro capítulo à parte nesse enredo. O PMDB, que incensou Cláudia como “o melhor nome para Mossoró” em 2012, através de discurso do seu líder estadual, deputado federal Henrique Alves, está no palanque de Larissa Rosado (PSB) – sua adversária. Lá, oferece outro vice: Alex Moacir, que esteve também no palanque de Cláudia no pleito passado.
Tempos difíceis esses…
O DEM tem uma campanha atípica pela frente e mesmo dono do poder estadual, não encontra quem lhe queira fazer companhia. Até sua candidatura a prefeito é um blefe: está inelegível e sabe que não terá candidatura homologada.
Os próximos dias e a eleição vão mostrar se é mais conveniente a aventura de uma candidatura própria ou calçar a sandália da humildade, optando por apoio a um dos concorrentes.
Vamos aguardar.



Fonte: Carlos Santos

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