martins em pauta

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Base aliada apresenta novo pedido para criação de CPI

A base aliada da presidente Dilma Rousseff protocolou no Congresso Nacional mais um pedido de instalação de uma CPI Mista de deputados e senadores que investigue, além de irregularidades na Petrobras, episódios ligados aos dois principais adversários na sucessão presidencial, o senador Aécio Neves (MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A expectativa dos governistas é que essa seja a única comissão a funcionar no Legislativo, a partir de uma estratégia que tem como protagonistas o Palácio do Planalto, o PT e o PMDB. Ela consiste no aval, na semana que vem, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para que temas desconexos e inerentes aos Estados possam ser objeto de investigação. Com isso, se criaria uma CPI exclusiva do Senado com o mesmo tema da CPI Mista protocolada ontem. O passo seguinte é a junção entre as duas. Por fim, controlar as indicações dos nomes que a integrarão. “A CPI mista vai ser a maior. Quando tem duas ou mais, é claro que aquela mais representativa acaba chamando a atenção e esvaziando as outras”, diz o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
gustavo limaArlindo Chinaglia afirma que os líderes de bancada poderão ser indicados para compor a CPIArlindo Chinaglia afirma que os líderes de bancada poderão ser indicados para compor a CPI

Com maioria no Congresso, o governo conta com o apoio das lideranças da base para a indicação de nomes que trabalhem para minimizar os danos à presidente Dilma e, ainda, perturbem os adversários. A ideia é articular a indicação de parlamentares diretamente ligados às cúpulas dos partidos da base para compor a futura CPI Mista. Na Câmara, os líderes Eduardo Cunha (PMDB), Bernardo Santana de Vasconcellos (PR) e Beto Albuquerque (PSB) afirmam o desejo de se autoindicarem membros. No PSDB, o escolhido deve ser Carlos Sampaio (SP), que acumulará a missão com a coordenação jurídica da campanha presidencial do tucano Aécio Neves.

Composição
Chinaglia afirmou que a indicação de líderes deixará mais nítida a atuação de cada partido durante as investigações. “Isso é positivo porque não tem como um líder dizer que perdeu o controle da atuação do indicado”, disse. “Não se pode excluir os outros parlamentares, mas claro que não há representação maior do que cada partido do que seu líder”, complementa. Ele próprio não descarta participar da comissão.

Nas duas Casas os líderes comentam que a CPI precisa ser tratada com cuidado especial para evitar a tentativa de atuações solo de parlamentares indicados. “Só vou indicar pessoas afinadas com a orientação do PT. Se for um meio rebelde do bloco que quer compor a comissão, é melhor sair”, afirmou o líder petista no Senado, Humberto Costa (PE). “Vou colocar alguém em que eu possa confiar, que a gente possa dizer para ter um ou outro procedimento de acordo com nossa orientação”, disse, sob reserva, outro importante líder do Senado. Entretanto, os senadores devem usar com mais parcimônia o recurso da autoindicação, já que as posições entre as bancadas são mais consolidadas que na Câmara. 


Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643