Sábado, 10 de Junho de 2023
Segundo matéria da revista Veja, publicada na quarta-feira (7), a saída do apresentador Fausto Silva da TV Bandeirantes, com o fim do seu programa já anunciado agora para junho, vai deixar para trás muito mais do que um horário vago na grade do horário nobre.
Os estragos da decisão errada da emissora, em apostar em um jornalista evidentemente em fim de carreira e com um modelo de programa falido há pelo menos 5 anos, são terríveis.
Fausto Silva estreou em 17 de janeiro do ano passado e terá ficado, portanto, pouco menos de um ano e meio no ar.
Mas desde o começo da atração, com a audiência muito aquém do esperado (atualmente o programa sequer figura entre os cinco de maior audiência da emissora paulista), os problemas já começaram a surgir:
“Com fim anunciado para o fim do mês, o Faustão na Band segue no ar, mas já deixa um rastro de destruição com prejuízo estimado em 100 milhões de reais. VEJA apurou que estão previstas demissões em massa, com a dispensa de aproximadamente 300 profissionais de diversas áreas da emissora”, diz a matéria.
Segundo informações de bastidores, logo que os prejuízos se tornaram evidentes, a direção da casa correu para cortar salários, o que ocorreu, entretanto, somente nos postos abaixo de Silva, desde seus assessores mais diretos na direção e produção do programa, até, claro, nas funções com remunerações mais baixas.
O apresentador não teria aceitado abrir mão de um único centavo de seus R$ 3 milhões mensais.
A situação financeira desastrosa acabou afetando outros programas, como esclarece Veja:
“Responsável pela segunda maior audiência da casa no momento, o Brasil Urgente, telejornal de José Luiz Datena, perdeu o helicóptero utilizado no informativo. A direção optou por paralisar seu uso a fim de economizar o seu alto custo de funcionamento, que inclui combustível, e cogita-se a venda da aeronave também. A decisão desagradou Datena, que já se sentia desprestigiado com a chegada de Fausto Silva no começo do ano passado e todos os recursos que foram disponibilizados para o apresentador logo de cara”.
A revista conclui relatando como o desastre se espalhou ainda para outros setores da ‘empresa’, que não apenas nos estúdios:
"A crise vem se desenrolando há alguns meses, e alguns fornecedores da Band teriam ficado sem receber pagamentos temporariamente"; encerrou, citando que procurou a emissora para maiores esclarecimentos, mas que não houve manifestação.
Esse é, ainda, resultado da crise de credibilidade e da péssima programação com agenda lacradora, que começou lá na Globo e segue contagiando rapidamente todas as emissoras…
Será o fim da TV aberta no Brasil?
Fonte: Jornal da Cidade Online
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