Quarta, 05 de Abril de 2023
O ex-diretor de Serviços da Petrobras e ex-operador de propinas do PT, Renato Duque, condenado em processos da Operação Lava Jato e delator de diversos casos relacionados ao escândalo de corrupção conhecido como Petrolão, que abalou o país e levou Lula à cadeia, voltou a prestar depoimento na semana passada.
Desta vez, ao juiz Eduardo Appio, que acaba de assumir a titularidade nos processos que ainda correm na 13.ª Vara Federal de Curitiba.
Pois mesmo sem precisar dizer mais nada, já que qualquer delação a respeito já não pode mais ser utilizada como elemento ou prova judicial, Duque surpreendeu o magistrado e reafirmou tudo o que já tinha dito anteriormente, confirmando a dinâmica de pagamentos ilícitos envolvendo empreiteiras, os desvios milionários e as quantias que teve que devolver.
“Fui apresentado ao PT pois já tinha uma carreira na empresa. O encaminhamento para o conselho, a propositura da minha posição para ser diretor foi através do representante do governo”, disse Duque.
O juiz questionou ainda quem eram os representantes responsáveis por sua indicação:
"O presidente Lula... e a ministra era a Dilma”, respondeu, deixando Appio visivelmente sem graça.
Renato Duque ainda reafirmou o valor que teve que devolver, após sua condenação e prisão
“Foram 20 milhões de euros e 4 milhões de dólares”.
Na cotação atual, o equivalente a 114 milhões de reais.
Vale lembrar, que R$ 6 bilhões já foram devolvidos aos cofres públicos, desde o início da Lava Jato.
Sobre o juiz Eduardo Appio, vale lembrar que ele é conhecido por seu apoio público a Lula e uma aversão declarada à Lava Jato, como noticiado aqui no JCO.
O deputado federal Deltan Dallagnol , que atuava na Lava Jato pelo Ministério Público Federal, ironizou a situação em suas redes sociais:
O depoimento de Duque, mesmo sem validade legal, resgata uma mínima parte dos escândalos promovidos por esses que agora retornam à cena do crime.
O suficiente para abalar as estruturas, mais uma vez!
Assista:
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