Sábado, 08 de Abril de 2023
Quem disse que vida de presidente é fácil?
Ainda mais quando não se tem o Congresso a seu favor, não é mesmo?
Assim, o ex-presidiário Lula (PT), que conseguiu aprovar a PEC do Rombo, romper o teto de gastos da União e "mandar pro espaço" a responsabilidade fiscal graças aos integrantes do antigo Parlamento; começa a perceber que o chefe do Planalto não administra o país sozinho.
O PSOL, sigla do deputado federal Guilherme Boulos, que foi flagrado recentemente falando mal do petista junto com o apresentador de TV, José Luis Datena, protocolou na Câmara, nesta quarta-feira (5), um projeto de lei que pretende diminuir o poder do presidente para nomear reitores das universidades federais.
Atualmente, o presidente do país recebe uma lista tríplice com três nomes e pode escolher qualquer um para administrar a instituição federal. Acontece que a comunidade acadêmica, formada por entidades de esquerda, sindicatos e outras parafernálias, quer obrigar o chefe do Executivo a nomear o mais votado em eleição interna e acabar de vez com a lista tríplice.
Ao todo, 11 deputados do PSOL e um da Rede, Túlio Gadelha, assinaram o texto.
Além desse pepino aí, Lula também terá que "descascar outro abacaxi". Desta vez, aliados fazem pressão nos bastidores para que ele não indique o advogado Cristiano Zanin, que atuou na defesa dele no âmbito da Operação Lava Jato, para a cadeira de Ricardo Lewandowski que fica vaga na semana que vem.
O ex-presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça da casa, um órgão extremamente importante para aprovar as pautas do governo, tenta convencer Lula a esquecer Zanin e apontar o corregedor do CNJ e integrante do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luis Felipe Salomão, para a vaga.
Alcolumbre, que segurou o quanto pôde a sabatina do pastor evangélico e ex-AGU, André Mendonça, no Senado, já deu mostras do que é capaz. Mas, além disso, ganhou um aliado de peso: Alexandre de Moraes, que é o atual presidente do TSE e fez fama nos últimos quatro anos perseguindo autoridades e políticos de direita e instaurando processos à revelia do Ministério Público.
Moraes tem lá seus motivos. Não quer perder o status de ministro mais "poderoso" do STF. Porém, isso não é tudo: Lula já ouviu os apelos de Ricardo Lewandowski para que coloque o seu "afilhado", Manoel Carlos de Almeida Neto, na corte e até o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deu a sua opinião e disse que, se fosse ele, optaria pelo nome de Salomão.
Atordoado com o bombardeamento de mensagens, Lula já mandou avisar aos "marinheiros", que não tem pressa de indicar o próximo ministro.
Agora sim, o ex-condenado da Lava Jato está sentindo na pele a forte pressão que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vivenciou quando governava o país.
Lula não irá suportar.
Vai cair embriagado.
Sebastião Teodoro.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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