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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Mourão assume Presidência com viagem de Bolsonaro para Fórum Econômico em Davos

Segunda, 21 de Janeiro de 2019


Vice-presidente é o primeiro a assumir o cargo na ausência do titular nos últimos três anos, já que Temer não escolheu vice quando assumiu o governo.


O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), assumirá a Presidência pela primeira vez desde que tomou posse em 1º de janeiro e, portanto, apenas 20 dias depois da cerimônia. A mudança se deve à primeira viagem internacional do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que deve chegar à Zurique, na Suíça, nesta segunda-feira (21) por volta das 17h30 e, na sequência, se deslocar mais 116 quilômetros para chegar à Davos, onde ocorrerá o Fórum Econômico Mundial.


O presidente titular deve retornar ao Brasil na madrugada de sexta-feira (25). Até lá, Mourão será o presidente em exercício. Ele também está "desfalcado" do ministro da Economia, Paulo Guedes, do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, que também viajaram para o Fórum Econônimo de Davos junto a Bolsonaro.


Dessa forma, um vice-presidente voltará a comandar o Brasil desde 21 de abril de 2016, quando Michel Temer (MDB) ainda se encontrava na condição de vice de Dilma e assumiu o governo na ausência da titular que viajou para Nova Iorque para assinar o Tratado de Paris sobre Mudanças do Clima. De lá para cá já se passaram dois anos e noves meses.

O longo período não é comum na história da república brasileira porque os presidentes costumam viajar para fora do País com uma frequência maior. Porém, com o afastamento temporário e sucessivo impeachmente de Dilma, a partir de 12 de maio de 2016, Temer foi empossado presidente e a cadeira de vice ficou vaga. 

Dessa forma, nas ausências de Temer, quem assumia o governo federal, segundo consta na Constituição, era o presidente da Câmara, no caso, Rodrigo Maia (DEM). Durante o período eleitoral, no entanto, como a Constituição impede que candidatos assumam cargos executivos, quando Temer viajava, Maia e, consequentemente, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), também precisavam se ausentar do Brasil, já que ambos concorreram à reeleição nas eleições 2018. Com isso, foi a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, quem assumiu o comando do Planalto várias vezes.

Na manhã desta segunda-feira, Mourão publicou uma mensagem através de sua conta oficial no Twitter, na qual se diz honrado em assumir a Presidência da República, deseja boa viagem ao presidente Jair Bolsonaro e ao restante da comitiva e garante que manterá a posição do governo enquanto estiver no exercício da função. 


Já o próprio presidente Jair Bolsonaro, também utilizou-se de sua conta oficial no Twitter para publicar uma mensagem momentos antes de embarcar para a viagem internacional. Nela, Bolsonaro destaca este como "um grande momento para o Brasil".


No evento, Bolsonaro terá a oportunidade de se tornar o primeiro presidente de um país da América Latina a discursar na abertua do evento. O presidente brasileiro deve aproveitar a oportunidade para demonstrar preocupação com o agravamento da crise política, social, econômica e humanitária na Venezuela, apresentar seu ponto de vista sobre globalização, tecnologia e inovação, além de demonstrar que o governo federal está aberto aos investimentos de capital estrangeiro no País.


A fala de Bolsonaro é aguardada com expectativa, já que o presidente brasileiro é o líder mundial mais novo a participar do Fórum e representa uma grande mudança em relação aos últimos presidentes brasileiros que participaram do evento em Davos, como Luis Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).


Além de Bolsonaro, no entanto, Paulo Guedes também deverá ter participação importante no Fórum Econômico Mundial de Davos , já que o ministro da Economia é a palavra-final do governo em assuntos econômicos e o próprio presidente Jair Bolsonaro já declarou que "não entende nada de economia" nas várias ocasiões em que classificou Paulo Guedes como "posto Ipiranga" em alusão ao comercial de TV popular.


Já Sérgio Moro também deverá ter a oportunidade de participar de dois painés no evento, nos quais deverá usar o espaço para destacar a importância do combate à corrupção para estimular o ambiente de negócios no Brasil. O ministro da Justiça e da Segurança Pública será apresentado pelo presidente Bolsonaro como o auxiliar responsável por desenvolver políticas públicas para o combate à corrupção.


A ideia de Sérgio Moro é ressaltar a necessidade de respeito à legislação em vigor e destacar que uma economia com regras claras gera resultados lucrativos. "A corrupção mina não só a confiança nos governos, mas também no mercado", diz o discurso preparado por Moro para o evento.

Há também a previsão de que Bolsonaro se reuna com os presidentes do Peru, Martín Vizcarra; do Equador, Lenín Moreno; da Colômbia, Iván Duque; e da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Com eles, devem ser tratadas as crises na Venezuela e na Nicarágua, além dos impactos na região, como a questão migratória. 

Já aqui no Brasil, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, deverá se reunir com o empresário Miguel Angelo da Gama Bentes, na manhã desta segunda-feira (21), para discutir projetos na área de mineração estratégica. À tarde, Mourão tem encontros com os embaixadores da Alemanha, Georg Witschel, e Tailândia, Susarak Suparat. Reuniões que fará sem o chanceler brasileiro que, como dito, também se encontra em viagem à Europa.

Em seguida, Mourão se reúne com o coronel Hélcio Bruno de Almeida cujo currículo o descreve como especialista em defesa e segurança com atenção no combate ao terrorismo. Depois, ele se encontra com dois outros generais para debater temas de defesa nacional. 


*Com informações da Agência Brasil / IG

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