Domingo, 12 de Março de 2023
O experiente presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tinha razão quando disse que o governo do ex-presidiário Lula (PT) não tem votos para aprovar suas pautas no Congresso Nacional.
Embora tenha depositado todas as suas esperanças na reeleição do aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado e na vitória de Davi Alcolumbre (União-AP) para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o fato é que o PT não consegue ultrapassar as fortes barreiras que se formaram nas duas casas com a vitória em massa de parlamentares de direita.
Lula, apesar de ter feito um acordo com Lira, sabe que o deputado já foi aliado do Governo Bolsonaro. Por isso, em dois meses de governo, se distanciou da Câmara e aposta todas as fichas no presidente do Senado. O problema é que as matérias que mais o petista precisa - MPs e Reforma Tributária - são decididas na casa que o alagoano preside.
Lula tenta diminuir a capacidade de Lira de persuadir os deputados, apontando seu arsenal de parlamentares esquerdistas para "conversar", um por um, com os integrantes da Câmara. Vale até fazer umas ameaças aos políticos de primeiro mandato ou então ofertar cargos no segundo escalão.
Além disso, o PT tenta emplacar novamente um rito antigo que vigorava na Câmara de que os textos das MPs seriam avaliados em comissões mistas; o que Lira qualificou como uma traição ao seu mandato e percebeu a tentativa de lhe retirar os poderes na casa.
Entretanto, quando se percebe que o petista só conseguiu retirar três nomes da lista para instauração da CPMI de 8 de janeiro que, logo em seguida, foram substituídos por mais cinco parlamentares; pode-se concluir que Lula está em sérios apuros!
Fonte: Jornal da cidade Online
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