Sexta, 11 de Dezembro de 2020
Leandro Cabral, diretor de privatizações do BNDES, declarou que a venda dos Correios poderá acontecer até o final de 2021.
Segundo ele, os estudos sobre o modelo de desestatização da estatal devem ficar prontos até setembro ou outubro do ano que vem.
“A primeira fase dos trabalhos se encerra este ano. O relatório que será entregue agora em dezembro traz um benchmarking sobre empresas do setor postal que foram desestatizadas em outros países e o que pode ser adaptado para o Brasil. Com isso, vamos definir qual é a melhor forma de desestatizar os Correios. Em 2021, vamos definir como será feita a desestatização. Poderá ser por oferta de ações, por exemplo. A precificação dos Correios também está programada para o ano que vem”, disse ele.
Para Cabral, o maior obstáculo na concretização da venda pode ser o passivo acumulado dos Correios, que é de R$ 14 bilhões, até o momento. Vem sendo estudada a possibilidade de que a União possa assumir uma parte da dívida para viabilizar a desestatização.
“Pode acontecer que os passivos sejam maiores do que o valor do negócio, aí o governo vai precisar assumir uma parte, ou, na outra ponta, pode se chegar à conclusão de que o modelo de negócio proposto comporta todos os passivos, então isso poderá ser passado para o ente privado. Existe também uma situação intermediária, em que o passivo que pode ser tão mal precificado pelo mercado que, provavelmente, quem terá um melhor controle de lidar com ele será a União. Nesse caso, pode fazer mais sentido do ponto de vista econômico deixar o passivo com a União para ter uma venda mais limpa”, concluiu ele.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário