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domingo, 18 de novembro de 2018

O nó de Moro no PT. Petistas entram com ação tentando anular exoneração do magistrado

Domingo,18 de novembro de 2018


Sérgio Moro deu mais um nó no PT. Após se desligar da magistratura para assumir o compromisso de ocupar o ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, o responsável pela Lava Jato nos últimos quatro anos na 13.ª Vara Federal de Curitiba entrou com um pedido de férias.

Agindo dentro da estreita legalidade, Moro optou inicialmente por pedir a a exoneração do cargo com mais tempo, visando assegurar o recebimento de provimentos e garantir a manutenção da segurança para ele e seus familiares fornecida pela Justiça Federal durante alguns dias. A decisão permitiu que a juíza Gabriela Hardt assumisse seu lugar, pois escolha de um sucessor definitivo só poderia ocorrer após sua exoneração.

O problema é que o PT e setores da imprensa fizeram um barulho enorme, atacando a decisão de Moro, que, segundo os petistas, não poderia acumular a função ocupando uma vaga na equipe de transição de Bolsonaro junto ao atual governo.

Para evitar maiores problemas, o magistrado resolveu antecipar seu pedido de exoneração, que já foi prontamente aceito pelo presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores. Neste intervalo, a juíza Gabriela Hardt ficou a responsável pela tomada do depoimento desastroso do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia.

Quem entende? Após reclamar pelo fato de Moro ter adiado seu pedido de exoneração, o PT agora quer impedir que ele se desligue do cargo. O partido solicitou ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), nesta 6ª feira-feira, 16, a anulação da saída de Moro do cargo de juiz federal. Para justificar o pedido, o partido afirma que há contra ele 1 processo aberto no conselho para investigar sua ida ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“O artigo 27 da Resolução 135/2011 deste Conselho Nacional estabelece a impossibilidade de afastamento do magistrado que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar até que haja uma conclusão do processo ou do cumprimento da penalidade”, consta em trecho do documento.

A peça é assinada pelos advogados e deputados federais do PT Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) e Wadih Damous (RJ).

Os integrantes da legenda estão tão perdidos, que já não sabem se será pior para eles que Moro fique na Lava Jato ou no Ministério da Justiça. Por outro lado, deixam a impressão de que se deram conta de que a juíza Gabriela Hardt pode ser mais dura que o juiz que condenou Lula no caso do triplex. Mesmo sem querer, Moro deu um nó no PT. 


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