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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Envolvido em roubo ao BC de Fortaleza levava vida discreta no DF

Quinta, 16 de Agosto de 2018

Adelino Angelim de Sousa Neto, ou “Amarelo”, morava em casa simples no Paranoá e não dava papo para a vizinhança.

O suspeito de integrar o grupo criminoso que roubou R$ 164,7 milhões do Banco Central em Fortaleza (CE) morava com a mulher e a filha em uma casa simples no Paranoá. Adelino Angelim de Sousa Neto, 36 anos, mais conhecido como “Amarelo”, foi preso na madrugada desta terça-feira (14/8) pela Polícia Militar do DF 13 anos após o assalto milionário. Os vizinhos ficaram surpresos com a notícia.

O imóvel de tijolos aparentes, telhado furado e paredes rachadas onde o Adelino, a mulher e a filha residiam é cercado por grades. Eles ocupavam o lote da frente. Nos fundos, mora outra família. A vizinhança diz que o homem acusado de envolvimento com o maior roubo a banco da história do país se mudou para o endereço há cerca de dois ou três meses.

“Amarelo” foi preso após denúncia anônima. Os PMs encaminharam o suspeito para a 6ª DP (Paranoá). Com base nas investigações da Polícia Federal, Adelino ajudou os integrantes da quadrilha a levarem parte do dinheiro furtado do banco.

De acordo com a Polícia Militar, o acusado já havia sido preso em 2017 com seis armas de fogo no Paranoá. À época, alegou ser vigilante e armeiro (que reforma armas). Mas morava em uma casa grande, com hidromassagem, em um condomínio da mesma região administrativa.

Adelino foi solto dias depois. No último fim de semana, a PM recebeu a informação de que ele teria voltado ao Paranoá, dessa vez para uma casa mais humilde, na Quadra 10. O suspeito foi localizado, preso e levado à delegacia. Agora, ele será encaminhado à carceragem da Polícia Civil, onde aguardará transferência para o Ceará.

Quando a prisão pelo assalto ao Banco Central foi expedida, o criminoso teria fugido para a região do Entorno do DF. Mesmo após o bandido ter sido condenado devido ao roubo, a mulher diz que Adelino é inocente. “Quando me casei, soube que respondia a um processo, mas ele não tem envolvimento com isso”, disse a esposa do acusado, que é casada com o suspeito há 13 anos, segundo ela. Eles se conheceram em Fortaleza.

Um dos vizinhos contou que Adelino era “um cara tranquilo e nunca deu problema nenhum”. O aposentado Cândido Moraes, 65, disse que mora na quadra “desde o começo” e que o assaltante “nunca dava as caras”.

“Quase nunca saía de casa”

Manoel Henrique Silva, 57, é proprietário de um bar vizinho à casa do suspeito. Ele confirmou que Adelino “quase nunca saía de casa”. “Era muito difícil ver ele (sic)”, ressaltou. Adelino dizia que era autônomo e, segundo a mulher, eles moravam de aluguel. No momento em que a reportagem estava no local, ela chegou em um Voyage branco. E não quis se identificar.

O advogado de Adelino, Pedro Barreto, afirmou que a participação do cliente no assalto ao Banco central “foi periférica”. “Ele nem tocou no dinheiro. Foi procurado por envolvidos com o assalto que queriam comprar um carro. Na época, vendeu automóveis para integrantes do grupo, sem o conhecimento de quem eram”, afirmou.

Inicialmente, Adelino foi condenado a 18 anos de prisão, mas a defesa recorreu e conseguiu reduzir a pena para 14 anos e 6 meses. Quando o crime de organização criminosa prescreveu, a sentença foi fixada em 3 anos. Adelino era considerado foragido da Justiça.


Fonte: Metrópoles

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