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sábado, 3 de junho de 2023

Ludmila faz a declaração mais aterrorizante de todos os tempos sobre a Justiça

Sábado, 03 de Junho de 2023

Nos últimos tempos vimos cada vez mais profissionais sendo severamente punidos por ‘crimes de opinião’... Jornalistas, médicos, parlamentares, prefeitos até que, inacreditavelmente, magistrados começam a ser punidos por emitirem opiniões, sejam elas quais forem.

O ativismo judicial chegou num ponto qual a uma juíza, Ludmila Lins Grilo, foi compulsoriamente aposentada, exatamente por emitir opiniões divergentes e ao mesmo tempo abrir mão do seu direito de recorrer da (raríssima) decisão.

Ludmila disse algo aterrorizante:

"É obvio que a Justiça não vai funcionar adequadamente em um ambiente ditatorial criado pela própria Justiça, declarou a Dra. Ludmila. Preocupante porque se um magistrado não se sente confiante para defender seus próprios direitos, o que dizer de nós, simples mortais?”.

O ‘crime’ de Ludmila foi ter publicado alguns tuítes onde criticava o ativismo judicial e a influência de organismos internacionais sobre o Judiciário no Brasil, criticas repetidas numa causa de uma palestra em 2019. 

Resumindo, uma juíza foi aposentada só por ter emitido uma opinião.

Em entrevista à Gazeta do Povo, Ludmila esclareceu os motivos que levaram os desembargadores do Órgão Especial do TJ-MG a tomar a medida, a mais drástica possível contra um magistrado:

“Me parece que eu fui exatamente no ponto. Eu acho que eles não só tiraram o meu cargo. Há muitos meses, o ministro Alexandre de Moraes tirou as minhas redes sociais. Hoje em dia, elas só podem ser vistas no exterior ou pelo uso de VPN. Não sou vista mais no Brasil. 
E me parece que eles fizeram isso porque eu peguei no ponto fraco, consegui identificar o que eles estavam fazendo e eu tinha uma capacidade de transmitir aquilo para uma grande quantidade de pessoas, eu conseguia desmascarar publicamente o que estava sendo feito”.

Se estamos num país onde nem um deputado federal que goza de imunidade parlamentar, nem um magistrado pode emitir opinião – então estamos muito longe de ser uma democracia plena.

Para entender como esse jogo funciona conheça o corajoso livro "Perdeu, Mané".

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Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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