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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Doria não aparece... E eficácia da CoronaVac é anunciada: 50,38%

 Quarta, 13 de Janeiro de 2021

A vacina chinesa CoronaVac, desenvolvida entre a farmacêutica asiática Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, teve índice de eficácia de 50,38%, pouco acima do mínimo exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovar o imunizante no Brasil, que é de 50%. Na Indonésia, o efeito do imunizante é de 65,3%.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan e o Secretário Estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, divulgaram, oficialmente, os resultados dos estudos clínicos, nesta terça-feira (12). O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), não participou da coletiva.

Segundo informaram, quem tomar a vacina chinesa “criará” anticorpos contra o novo coronavírus.

“Os dados (apontam) uma vacina absolutamente segura. Uma vacina que mostrou a sua imunogenicidade, a sua capacidade de produzir anticorpos que neutralizam o vírus. E também mostra a sua eficácia”, afirmou Gorinchteyn.

E prosseguiu:

“Os números são extremamente importantes no impacto da nossa saúde pública, impedindo que as pessoas desenvolvam a doença de forma grave, impedindo com que as pessoas internem nas unidades hospitalares. A vacina impede a sobrecarga no sistema de saúde, exatamente como nós temos visto hoje”, disse o secretário.

A declaração deles contradiz o que Dória anunciou, semana passada, após adiar, duas vezes, o resultado dos índices de eficácia. Na ocasião, o governador disse que a capacidade de prevenção da doença, em casos mais leves, era de 78%. Nos casos mais graves, a taxa aumentou para incríveis 100%, quando nenhum voluntário teria desenvolvido a forma mais grave do coronavírus, que pode levar à morte.

A eficácia geral do imunizante também é calculada ao final da fase 3 de testes em seres humanos. Nessa etapa, parte de um grupo toma a vacina e outra parte toma um placebo (um composto neutro). A partir daí, pesquisadores acompanham quantos voluntários, ao todo, desenvolveram a doença nas formas leve, moderada ou grave.

A eficácia geral é analisada, comparando a extensão de casos entre os vacinados e os não vacinados. Pelo critério da Anvisa, a taxa de incidência da doença tem que ser menos que a metade da taxa de incidência do grupo que recebeu o placebo.

Se a taxa de incidência da doença no grupo que recebeu o fármaco for metade da taxa de incidência do grupo que recebeu o placebo, a vacina é considerada 50% eficaz.

O Instituto Butantan solicitou, dia 07, autorização para uso emergencial da vacina. Porém, no final da semana passada, a Anvisa declarou que o centro de pesquisas não entregou o relatório completo de imunogenicidade referente ao estudo fase 3 (capacidade do medicamento dar resposta imune.

Mesmo não tendo enviado o estudo, corretamente, a gestão Dória continua cobrando rapidez da Anvisa na aprovação da vacina. O coro, inclusive, é reforçado por partidos como a Rede que entrou, recentemente, com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Anvisa seja obrigada a aprovar o fármaco em 72 horas.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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