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domingo, 11 de fevereiro de 2018

“Estou procurando minha mãe verdadeira”, diz natalense que mora numa parada de ônibus em Mossoró/RN

Domingo, 11 de Fevereiro de 2018

Djalmir da Silva completa 30 anos no dia 23 deste mês de fevereiro. É o que consta no Registro Geral, onde está escrito que ele é natural da região de Natal. Ele precisa de ajuda profissional e da família. Está morando, há cerca de dois meses, numa parada de ônibus em frente ao Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró-RN.

Quando perguntado os motivos pelos quais está morando numa parada de ônibus e fica lá mesmo em dias de chuvas, Djalmir afirma que está aguardando o ônibus para ir para São Paulo procurar uma tia, que segundo ele, se chama Fatinha. “Estou procurando minha mãe verdadeira”, diz em voz baixa. No RG (veja abaixo), consta que o nome da mãe dele é Maria de Lourdes da Silva e que ele nasceu em São José do Mipibu, que fica perto de Natal
Depois de muita insistência, Djalmir da Silva se abriu um pouco com o MOSSORÓ HOJE. Ele falou que estava muito triste dentro de casa em Parnamirim, pois estava sendo criado por pais adotivos. Disse que tem parentes em São Paulo, entre eles acredita que os pais biológicos.
Daí decidiu deixar a família que o criou em Parnamirim e veio para Mossoró, para embarcar para São Paulo e ele diz que está aguardando este transporte. Ocorre que ele não está rodoviária, que até teria lugar para ele se abrigar da chuva. Está na parada de ônibus coletivos e táxis na praça dos hospitais em Mossoró-RN. Disse que em São Paulo mora uma tia chamada Fatinha. Ele não sabe ou não quis falar a respeito da família que o criou em Parnamirim. Ficou cabisbaixo quando perguntado.

Djalmir tem um hábito estranho de juntar tralhas na rua. Na parada de ônibus onde passa o dia, se alimenta e dorme (mesmo nos dias de chuvas) ele já juntou uma quantidade considerável de objetos velhos, os quais ele cobre com um lençol para não levar sol e chuva. Óbvio que não adianta.


Uma senhora que reside perto do Hospital Rafael Fernandes confirmou que Djalmir foi lá pedir comida e ela tem dado esta alimentação a ele quase que diariamente. Usa um vasilhame de sorvete. Ao MOSSORÓ HOJE, Djalmir disse que come um pouco ao meio dia e guarda um pouco para a jantar à noite.

Djalmir disse que usa os banheiros da Praça dos Hospitais para suas necessidades. Faz a barba e, segundo ele, veste a melhor camisa e a melhor calça todos os dias. “Também procuro uma esposa”. Não deu para observar se havia mais de uma muda de roupa entre as tralhas que ele guarda na parada de ônibus.

O que fica claro conversando com Djalmir é que ele precisa de ajuda profissional provavelmente psicológica e social. O sonho dele de encontrar a mãe verdadeira pode ser apenas de encontrar um lar, alguém que ajude a cuidar dele.

VIA MOSSORÓ HOJE / O Natalense

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Contato : (84) 9 9151-0643

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