Sábado, 15 de julho de 2017
Mossoró
A empresa Vale Norte Construtora Ltda., responsável pelo serviço terceirizado de limpeza urbana/domiciliar de Mossoró, conseguiu contornar pelo menos parcialmente, a revolta de seus garis. Houve paralisação de serviços. A insatisfação está à flor da pele.
Garis começaram a parar no dia passado e divulgaram greve em redes sociais em fotos e vídeos (Foto: cedida)
A greve começou no final do dia passado e se alastrou para hoje. A direção local da empresa procurou agir, assegurando que faria o pagamento do atraso salarial de junho. Busca alternativa a partir daí em outras fontes, para efetuar a quitação de débitos.
Hoje pela manhã, apenas dois caminhões saíram à coleta com equipe completa.
A queixa é que a prefeitura não repassa transferência de recursos contratuais em tempo hábil para a cobertura salarial. Daí o mal-estar e vexame, que se reflete no próprio atendimento à cidade.
A Vale Norte obteve gordo contrato com a gestão Rosalba Ciarlini (PP) em maio deste ano. A governante não agilizou licitação e assegurou nova dispensa que manteve a empresa a serviço da municipalidade, com contrato mais cevado ainda.
Reajuste milionário e sem licitação
Do primeiro contrato da Vale Norte – em maio do ano passado - para maio deste ano houve um sobrepreço (reajuste) endossado por Rosalba de 45,05%. São R$ 4.317,604,08 a mais em relação à primeira dispensa de licitação realizada pelo ex-prefeito Francisco José Júnior (PSD), há um ano. O serviço, em apenas 12 meses com uma conjuntura de recessão, obteve ‘engorda’ contratual que saltou de R$ 9.582.519,36 para R$ 13.900,123,44 na administração Rosalba.
Ela desembarcou na cidade na gestão passada e em um ano empalmou um aditivo e mais três contratos (todos com dispensa de licitação), com a Prefeitura Municipal de Mossoró.
A cidade continua coberta de lixo, com reclamações que podem ser testemunhadas em fotos e vídeos nas redes sociais ou num simples passeio por suas ruas e avenidas, sobretudo na periferia.
Garis, em áudios postados em redes sociais, chegam a citar nominalmente a prefeita e cobram dela responsabilidade pelo pagamento.
Leia também: Prefeita mantém serviço milionário e “suspeito” sem licitação (AQUI).
Fonte: Carlos Santos
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