Segunda, 27 de Março de 2023
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta (PT/RS), foi um dos que endossou a afirmação absurda do ex-presidiário Lula de que as investigações da Polícia Federal (PF) que desbarataram um plano de sequestro e assassinato do senador Sérgio Moro e família, teria sido uma ‘armação’ do ex-juiz.
"Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso, vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro", disse Lula na quinta-feira (23), ignorando que até mesmo o ministro da Justiça, o comunista Flávio Dino, já havia exaltado a operação.
Dada a gravidade do tema, ele foi questionado ao vivo pela jornalista da CNN Brasil, Raquel Landim, sobre a declaração do presidente e o fato de torná-la praticamente oficial:
“A investigação nunca é colocada na rua só pela juíza. Você tem uma série de policiais federais envolvidos, do Ministério Público envolvido, isso requer uma preparação de dias. Então como é que o senhor colocar uma armação do Moro com a juíza e isenta dessa armação todos esses policiais e esses procuradores e promotores que estavam envolvidos nesta mesma operação, faz sentido?”
Evidentemente contra a parede, Pimenta respondeu com outra pergunta, desrespeitosa e machista:
A senhora é jornalista?
Landim rebateu:
"Sim, formada pela Universidade de São Paulo".
O ministro prosseguiu, dizendo que também era, em uma evidente tentativa de desmerecer a apresentadora, mas, covardemente, se esquivou do assunto.
Raquel Landim ainda demonstrou sua indignação com um post nas redes sociais, onde veiculou o trecho do vídeo em que é atacada:
“Sou jornalista, sim. Meu papel é fazer as perguntas; o da autoridade pública deveria ser trazer os esclarecimentos”, disse
O jornalista Felipe Moura Brasil, que também participava da entrevista, cobrou posição das ditas 'feministas':
"A ala das 'feministas até a página 2' não se solidariza com uma mulher jornalista questionada por um político de esquerda se ela é jornalista mesmo, diante de uma pergunta incômoda. O repúdio é ideologicamente seletivo."
Pimenta é mais um que corre sérios riscos, primeiro de ser chutado do poder executivo, junto com seu chefe descondenado…
E depois ainda terá que se explicar ao Congresso Nacional, ao reassumir seu mandato de deputado federal.
Veja o vídeo:
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