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quarta-feira, 29 de março de 2023

Aluno que matou professora foi “frio” ao ser ouvido, diz delegado

Quarta,29 de Março de 2023

O delegado Marcus Vinicius Reis, responsável pela apuração do caso do adolescente de 13 anos que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, disse que o autor do ataque foi “frio” durante o depoimento e que não demonstrou nenhuma emoção.

– Posso adiantar que ele foi bem frio. Não demonstrou muita emoção e admitiu. Confessou na presença da advogada e dos pais que ele praticou os atos infracionais – disse o delegado.

Reis também declarou que a Polícia Civil está investigando a motivação do crime e se, eventualmente, houve a participação de outras pessoas. O delegado disse ainda que o adolescente admitiu os fatos e que deu detalhes sobre o caso.

– A motivação a gente ainda está apurando a fundo e não quero antecipar nada. A gente ainda tem um campo de investigação. O que posso adiantar é que ele passou todas as informações de maneira pormenorizada. Ele admitiu os fatos. As imagens são fortes. Foram atos infracionais análogos a homicídio consumado e homicídio tentado – destacou.

O adolescente autor do ataque na Escola Estadual Thomázia Montoro relatou em depoimento que planejou o atentado por dois anos e que se inspirou nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.

Após passar quase dez horas na delegacia, o agressor foi levado no final da tarde desta segunda-feira (27) à Vara da Infância. A polícia informou que ele ainda passaria pelo Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, e, na sequência, seria levado para uma unidade da Fundação Casa.

SOBRE O CASO

Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados dentro da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, na manhã desta segunda. O agressor foi um estudante de 13 anos, que foi contido pelos policiais. Uma das educadoras, identificada como Elisabete Tenreiro, de 71 anos, acabou falecendo.

O secretário de Educação, Renato Feder, disse que o agressor era aluno da escola, pediu transferência, e retornou no dia 15 de março. Feder relatou que, durante o período do estudante na escola, não houve nada que chamasse atenção.

(Pleno News)

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