Sábado, 18 de Fevereiro de 2023
Isso porque há uma insistência de que todos, mesmo os que já adquiriram armas e estão com seus registros e obrigações em dia, terão que passar por um processo de recadastramento.
Dino foi claro… e disse que não haverá exceções.
Como justificativa e sem apresentar dados, ele alega que a ‘legalização’, vejam só, aumentou o tráfico ilegal… um absurdo sem tamanho considerando que o crime organizado jamais se municiou por meio do mercado legal e segue aumentando o próprio arsenal, independente de decretos a favor ou contra as armas.
Dino ‘chutou’ ainda outras falácias, como, por exemplo, o aumento dos feminicídios, mas sem conseguir atestar se isso ocorreu com armas de fogo ou armas brancas e sem dados sobre se as armas utilizadas eram legais ou ilegais.
Ele omitiu, ainda que os feminicídios no Brasil só começaram a ser registrados sob esta nomenclatura, à parte dos demais casos de homicídio, a partir do segundo-semestre de 2016 e, desde então, a prática de diferenciação vem crescendo, gradualmente, não podendo dizer que trata-se de um aumento de casos, mas sim de ‘casos tipificados’.
O certo é que o tal recadastramento é uma forma de mapear e encontrar cada cidadão armado e, muito provavelmente, forçar seu desarmamento, seja imputando-lhe algum tipo de irregularidade no registro ou mesmo no tal processo de ‘recompra’ pelo Estado.
Quanto às hordas criminosas que se espalham pelo país armadas até os dentes e assaltando, traficando e matando… bem, essas não precisarão se recadastrar, afinal, jamais adquiriram uma só arma no mercado legal.
Esse é o mesmo processo realizado em ditaduras de esquerda, como Cuba e Venezuela...
Mário Abrahão. Jornalista.
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