Quinta, 16 de outubro de 2025
A CPI do INSS rejeitou nesta quinta-feira (15) o pedido de convocação de Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por 19 votos a 11. A base governista articulou para barrar o requerimento.
Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), entidade alvo da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de fraudes no INSS. Apesar disso, ele não é citado no inquérito.
“Ele ingressou no sindicato apenas em 2024. As irregularidades começaram em 2019, no governo Bolsonaro. Frei Chico nunca teve função administrativa nem financeira”, justificou o líder do governo na CPI, Paulo Pimenta (PT-RS).
Outras decisões da CPI
Por outro lado, a CPI aprovou a quebra do sigilo bancário do advogado Eli Cohen, que fez as primeiras denúncias sobre o esquema. Ele será investigado entre janeiro de 2015 e outubro de 2025.
Em depoimento anterior, Cohen afirmou que o golpe “não poderia ter acontecido sem a participação da cúpula do INSS e de um ministro da Previdência”.
Outros requerimentos e depoimentos
Antes da sessão, governistas e opositores acordaram em retirar os pedidos de quebra de sigilo fiscal e telemático do ex-ministro Carlos Lupi, incluindo o acesso ao e-mail institucional e celular pessoal.
Nesta tarde, a CPI ouve Cícero Marcelino de Souza Santos, assessor da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares), também investigada no caso. O Coaf identificou transferências suspeitas para empresas ligadas a ele e à esposa, após a Conafer receber R$ 13 milhões em 2023.
A entidade nega irregularidades e diz que os pagamentos fazem parte de seu “fluxo normal de obrigações contratuais”.
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