Quinta, 10 de abril de 2025
O atendimento jurídico estava agendado entre 8h20 e 8h50, mas Adalgiza só foi colocada na sala virtual às 8h40, com um atraso injustificável de 20 minutos. Após apenas 15 minutos de conversa, a sessão foi interrompida abruptamente, e agentes retiraram a idosa quase à força, ignorando completamente sua condição mental e emocional.
“Foi mais um episódio de tratamento absolutamente incompatível com a dignidade da pessoa humana. Minha cliente saiu chorando e angustiada. Não é a primeira vez que isso acontece”, afirmou o advogado.
Adalgiza sofre de depressão profunda, arritmia cardíaca e ideação suicida, e segue sem acesso a atendimento médico minimamente adequado há meses, mesmo após decisões judiciais determinando a realização de exames desde outubro de 2024. A defesa alerta: ela corre risco real de morte dentro da penitenciária.
Em 30 de março, a custodiada passou pelo mesmo constrangimento. O atendimento, previsto para 9h, só começou às 9h30. “Os atrasos e sabotagens são frequentes. Já virou padrão. As prerrogativas da advocacia estão sendo sistematicamente violadas”, afirmou Cunha. Prints de conversas com servidores do presídio comprovam os abusos e foram anexados à denúncia.
Diante da gravidade da situação, a defesa exigiu a libertação imediata de Dona Adalgiza e enviou denúncia formal à OEA, à Corregedoria do Sistema Prisional, OAB, Defensoria Pública e Ministério Público. Caso não haja providências urgentes, o caso poderá ser levado a instâncias internacionais de direitos humanos.
“O que está acontecendo com Dona Adalgiza é um escândalo. Estamos falando de uma senhora doente, sem qualquer histórico de violência, sendo submetida a um verdadeiro massacre psicológico institucionalizado.”
Karina Michelin. Jornalista.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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