Quinta, 10 de abril de 2025
Um ofício foi enviado pela Embaixada do Brasil ao país europeu após uma sinalização negativa
Ao se manifestar sobre o caso, em março, o Ministério Público espanhol apresentou a mesma justificativa dos Estados Unidos ao negar a extradição do comunicador Allan dos Santos: não houve configuração de crime na legislação local, somente exercício da liberdade de expressão.
O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, também entrou no circuito para solicitar que a Advocacia-Geral da União (AGU) seja ouvida antes de a Espanha tomar uma decisão final sobre o destino de Oswaldo Eustáquio, que vive em Madri desde 2023.
Porém, no pedido remetido uma coisa causa estranheza. O pedido de sigilo.
“Essa missão diplomática roga encarecidamente a colaboração para garantir que a informação tramite de forma sigilosa, tendo em conta a importância e a sensibilidade do caso para o governo brasileiro”.
A Embaixada do Brasil solicitou, ainda, “autorização à Audiência Nacional espanhola, com oferecimento de reciprocidade, para que um representante do Estado brasileiro [a AGU] intervenha na audiência [de Oswaldo Eustáquio]”. A decisão final caberá a três juízes do país europeu e, por conta da posição do Ministério Público, tende a ser favorável ao jornalista.
Incompreensível todo esse interesse, mas compreensível o pedido de ‘sigilo’. Querem evitar mais uma vergonha internacional.
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