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quinta-feira, 10 de abril de 2025

Informação vaza do STF e revela "recado" de ministros a governadores que participaram da manifestação

Quinta, 10 de abril de 2025





Nos bastidores do Supremo, a avaliação predominante é de que a postura dos governadores foi vista como contraditória. Isso porque, ao mesmo tempo em que estiveram presentes em atos que fizeram críticas diretas à Corte, esses mesmos líderes frequentemente recorrem ao STF para resolver disputas judiciais ou para obter decisões favoráveis a seus estados.

O protesto mais recente, realizado na Avenida Paulista no domingo (6/4), reuniu sete governadores: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT), Wilson Lima (AM), Jorginho Mello (SC) e Ratinho Júnior (PR). O número de autoridades estaduais foi maior do que o registrado na manifestação anterior, no Rio de Janeiro, em março, que contou com a participação de três governadores — Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP) e Mauro Mendes (MT). Castro chegou a confirmar presença no ato da Paulista, mas cancelou devido às fortes chuvas que atingiram o estado.

A leitura entre os ministros do STF é de que os governadores têm buscado capitalizar politicamente junto à base bolsonarista. Alguns miram diretamente as eleições presidenciais de 2026, diante da inelegibilidade de Bolsonaro, enquanto outros desejam manter o apoio do ex-presidente em possíveis campanhas de reeleição.

O gesto de participar de manifestações com discursos que colocam em xeque a legitimidade da Corte Suprema preocupa os magistrados. A mensagem reservada enviada a esses líderes estaduais visa chamar a atenção para os riscos institucionais e para o duplo padrão percebido por parte do Supremo: o de criticar a atuação do tribunal em público, enquanto se busca seus favores jurídicos em privado.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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