Sexta, 11 de abril de 2025
Verónica Ojeda, ex-companheira de Diego Maradona e mãe de seu filho mais novo, prestou depoimento nesta terça-feira (8) no julgamento de sete profissionais da saúde acusados de negligência médica que teria contribuído para a morte do ex-jogador. Durante seu relato, Ojeda fez declarações contundentes, afirmando que Maradona foi “sequestrado” meses antes de falecer e que vivia em condições precárias durante sua recuperação pós-cirúrgica.
Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, vítima de um edema pulmonar decorrente de insuficiência cardíaca, enquanto estava sob cuidados domiciliares após uma neurocirurgia. O Ministério Público da Argentina acusa médicos, enfermeiros, um psiquiatra e um psicólogo de homicídio simples com dolo eventual — quando se assume o risco de provocar a morte.
Ojeda revelou que o ex-jogador vivia com medo e que solicitava constantemente para acompanhá-la ao sair.
“Sabia que estavam sequestrando ele, tinha medo de tudo”, declarou, acrescentando que o local onde ele estava não tinha a estrutura médica recomendada.
“Onde Diego estava, havia cheiro de xixi e cocô”, contou.
“Então, naquele dia, eu disse para ele tomar banho e se barbear, porque não era certo ele ficar daquele jeito.”
Ela também acusou diretamente o médico Luciano Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov, dois dos réus no processo, de mentirem para a família:
“Eles mentiram na cara de todos nós”.
O médico Mario Schiter, que já havia tratado Maradona em Cuba e participou da autópsia, também prestou depoimento e reforçou que o ex-atleta sofria de insuficiência cardíaca latente e não seguia corretamente o tratamento. Segundo ele, a internação domiciliar não seguiu os critérios médicos necessários e deveria ter incluído equipamentos como desfibriladores e oxigênio.
O julgamento dos sete profissionais de saúde prossegue até julho e, caso sejam condenados, os réus podem pegar entre 8 e 25 anos de prisão.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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