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terça-feira, 6 de agosto de 2019

Com quase 30 anos de atraso, imprensa tradicional descobre o Foro de São Paulo

Terça, 06 de Agosto de 2019

Organização em atividade há quase trinta anos, o Foro de SP é novidade na imprensa brasileira


O universo das redações de jornal é dos mais limitados que existe: se não está na pauta, logo não existe. O imperativo categórico das editorias é ocultar tudo o que não reforce a narrativa de esquerda (com honrosas e raríssimas exceções que confirmam a regra). Na história dos vexames da imprensa, história recheada de dados, talvez um dos mais constrangedores seja a ocultação, por mais de duas décadas, da existência do Foro de São Paulo.

Já nos anos 90, Olavo de Carvalho alertava sobre o que se discutia nas internas do Foro. Fato consumado: a primeira década do novo milênio foi dominada politicamente pela esquerda, que ascendeu ao poder em praticamente todos os países da América Latina. Olavo foi voz solitária nesse período. Ao tentar prevenir sobre a extensa organização do Foro, envolvendo a nata do crime organizado, Olavo foi tratado pela turma das redações (que vê o mundo pelo cabresto ideológico) como um lunático.

Com a chegada das redes sociais, em meados dos anos 2000, e a disseminação mais ampla das informações, ficou difícil encobrir a existência do Foro. Vale ressaltar, mais uma vez, o papel fundamental de Olavo de Carvalho nesse episódio. Em 2002, em artigo publicado no jornal Zero Hora, Olavo comentava a íntima relação entre narcotráfico e os partidos de esquerda dentro do Foro.

"Que há uma articulação política entre Hugo Chávez, Fidel Castro, as Farc e a esquerda brasileira, por exemplo, é algo que ninguém pode negar, pois essa parceria foi afirmada e reafirmada vezes sem conta pela própria esquerda, seja no Foro de São Paulo, discreta reencarnação do Comintern, seja, mais espetaculosamente, nos dois Fóruns Sociais Mundiais de Porto Alegre."

O Jornal O Globo publicou, essa semana, uma reportagem falando do Foro de São Paulo, organização que até outro dia era invenção de supostos radicais de direita. Como toda brilhante matéria de O Globo, nada ali faz muito sentido. O texto tenta minimizar a influência do Foro e dizer que o guru da direita [sic] Olavo de Carvalho deu início aos "ataques" contra a organização. Trazendo analistas imparciais, todos de extremíssima esquerda, O Globo cumpre seu papel de desinformar e corrobora sua atual posição de credibilidade quase nula junto à população.

A estagiária que assina a matéria diz: "houve uma crise de identidade quando os partidos do Foro começaram a ganhar as eleições e assumir governos." Claro que isso foi mero acaso. E é mero acaso também que todos esses governos são endemicamente corruptos. No Brasil, o capo da quadrilha, Lula, está preso e na Venezuela, exemplo fidedigno da idéia do Foro, vive à míngua, com sua população passando fome.

O que fica evidente é que já que não se pode mais esconder sua existência, transforma-se a organização, que quase assaltou a América Latina inteira, numa quermesse de fim de mês.


(Texto de Carlos Eduardo de Freitas Rocha)

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