Quarta, 14 de Março de 2018

O ex-jogador de vôlei, ex-técnico da seleção brasileira e dirigente Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira (13), aos 68 anos, em Belo Horizonte.
Ele sofreu uma parada cardíaca pouco depois de participar de um evento na Cidade do Galo, centro de treinamento do Atlético-MG. Bebeto trabalhava no clube como diretor de de administração e controle.
Segundo o Atlético-MG, Bebeto recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu. O clube decretou luto oficial de três dias.
“Sempre gostei de gente de bem e honesta ao meu lado. Por isso gostava de estar perto de você. Encontramos mais tarde, Bebeto”, escreveu o prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG.
Bebeto de Freitas foi o responsável por comandar uma verdadeira revolução no vôlei brasileiro. Foi com ele que o Brasil despontou no esporte. Sob seu comando, a seleção brasileira masculina passou a se tornar protagonista, com o vice-campeonato mundial em 1982.
Dois anos depois, conseguiu um feito ainda mais importante: comandou a equipe na conquista da medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles-1984, numa equipe em que brilharam William, Montanaro, Renan e Bernard, entre outros.
Sobrinho do jornalista João Saldanha, Bebeto tinha temperamento forte e não foram poucas as vezes em que entrou em confronto com dirigentes importantes do esporte brasileiro.
Entre eles Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e do COB (Comitê Olímpico do Brasil).
Ele teve sucesso no vôlei italiano, comandando o Maxicono Parma, cinco vezes campeão italiano. Ele treinou a seleção italiana em 1997. No ano seguinte, venceu o Mundial.

Não foi somente no vôlei que Bebeto atuou. Ele também trabalhou como dirigente no futebol. Foi manager no Atlético-MG em 1999, durante a gestão do presidente Nelio Brandt.
Entre 2002 e 2008, foi também presidente do Botafogo, seu clube de coração.
Folha de São Paulo
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