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sexta-feira, 16 de março de 2018

Helicóptero usado na morte de Gegê e Paca deverá ser usado pela Ciopaer

Sábado, 17 de Março de 2018

Investigação apontou que o helicóptero decolou de heliponto desativado da Praia do Futuro. Piloto segue foragido.

A aeronave utilizada por Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca, executados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no último dia 15 de fevereiro, deverá ser utilizado pela Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), informou nesta sexta-feira, 16, o coordenador do órgão, o delegado de Polícia Civil, Aristóteles Tavares Leite. O helicóptero chegou ao Ceará nessa quinta, 15.

A Justiça autorizou que o helicóptero fosse encaminhado para o Ceará e a Polícia Civil foi até o estado de São Paulo para buscar a aeronave modelo EC130 B4. A Secretária da Segurança do Ceará deve buscar uma nova decisão judicial para que a Ciopaer possa usar a aeronave.

O coordenador da Ciopaer explica que a aeronave causou uma surpresa positiva quando os policiais chegaram em São Paulo para buscá-la. "Uma aeronave nova, pouco voada, da mesma família das aeronaves da Ciopaer. Ela está entre uma classe intermediária entre o Esquilo, que é mais simples, e a mais complexa. Ela tem GPS. É uma aeronave preparada para voos de longa distância e tudo indica que ela viajou para o exterior, por países da américa. Moderna, nova, pouco voada", relata.A aeronave é avaliada em mais de R$ 2 milhõe e tem um custo de combustível menor, pois só possui um motor. "Com ela é possível fazer missões policiais, transporte de órgãos e aeromédico. Chefes de grupamentos aéreos policiais estavam em busca de conseguir as sessões e a Justiça concedeu para que viesse para o Ceará", disse Aristóteles.

"Existem três grupamento aéreos que usam essa aeronave, inclusive o Paraná, que estava pleiteando levar para lá. O fato de ter vindo pra cá é um começo. Agora vamos iniciar um pedido de autorização para a Justiça para começar a usá-la e esperamos que dê certo", completou o coordenador da Ciopaer.

Na época do crime, a vinda da aeronave de São Paulo para o Ceará foi feita por voo controlado. "Foi mantido um código no equipamento de bordo e os radares da força área ficam acompanhando e mantém contato para dizer aonde vai, tudo é monitorado", contou o delegado.

No entanto, quando chegou no Ceará, as viagens não foram feitas por voo controlado. "Quando não ativa o monitoramento, que é chamado de transponder, é feito voo cego", disse Arístoteles. 

Helicóptero decolou de heliponto desativado da Praia do Futuro

Segundo André Costa, secretário de Segurança do Estado, a aeronave, que foi adquirida pelo tráfico de drogas movimentado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), saiu do hangar no Porto das Dunas e foi até Aquiraz, local do crime, onde cinco pessoas foram deixadas. O helicóptero retornou ao hangar, onde abasteceu e foi até um heliponto desativado na avenida Dioguinho, na Praia do Futuro.

"Essa aeronave tem um detalhe, que enquanto ela está voando, não tem nenhuma abertura. Enquanto está voando nada pode abrir e ela tem que pousar. Eles tiveram que pousar para desembarcar a arma. E trouxe uma facilidade para a investigação. Há algo estranho de uma aeronave em um lugar bem ermo. Pessoas que moravam próximo viram e acionaram a Polícia. E disseram que viram a aeronave no local e que pousou", informou André Costa.

O piloto da aeronave segue foragido, mas há indicídios da participação dele no crime. André costa frisa que ele é uma "prova viva".


Fonte: O Povo / JÉSSIKA SISNANDO

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