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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Para Haddad, combater a violência é combater a PM

Segunda, 29 de Agosto de 2022

O candidato petista ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tem em seu programa de governo propostas para dificultar ainda mais a vida, já sofrida, dos policiais militares de SP.

Haddad pretende alterar os padrões de conduta policial no estado.

Entre os pontos a serem mudados em caso de vitória da Haddad estão os protocolos de abordagem pela polícia em casos de porte e consumo em flagrante de drogas.

A medida está incluída no plano petista no tópico que trata de "Segurança Pública e Acesso à Justiça", justificado como modo de "Diminuir os casos de violência policial, abordagens truculentas e mortes evitáveis em especial da perseguição a juventude Negra e periférica".

Em outro trecho do documento prevê investimentos em "centrais de atendimento e monitoramento como alternativas ao encarceramento com especial foco no impacto das políticas de drogas".

Isso nada mais é do que uma cópia malfeita do programa dos governos democratas de alguns estados americanos, como a Califórnia por exemplo.

E qual foi o resultado lá?

Pedidos de demissões em massa de policiais, picos nos índices de criminalidade e êxodo de profissionais e empresas para estados com legislação mais dura contra o crime, como Florida e Texas.

O programa de Fernando Haddad avança contra a corporação policial   e fala em “adotar novos protocolos operacionais padrão de abordagem e incluir uma disciplina sobre racismo estrutural nas escolas de formação de Agentes para garantir uma política democrática e cidadã. A problemática do racismo estrutural e suas repercussões devem ser centrais na formação de nossas forças policiais".

Nos últimos dois anos o estado de São Paulo se beneficiou das políticas do governo Bolsonaro, na direção exatamente oposta, que endurece o combate ao crime organizado e facilita o acesso as armas aos cidadãos de bem. O resultado é que nos últimos 12 meses a taxa de homicídios é a mais baixa na história do estado: 5,99 por grupo de 100 mil habitantes – ainda assim são cerca 1.100 homicídios por ano, cerca de 3 paulistas assassinados todos os dias. Ou seja, o caminho seria endurecer ainda mais o combate ao crime, mas Haddad pretende endurecer...com a Polícia!

Fernando Haddad também tem prometido ampliar a adoção de câmeras nos uniformes dos policiais, enquanto isso milhares de condenados circulam livremente pelo estado por falta de tornozeleiras.

Então o eleitor paulista tem uma escolha obvia, se você acha que os marginais, os criminosos precisam de (ainda) mais direitos, vote no Haddad – se você acha que nós, trabalhadores é que precisamos circular livremente e trabalhar tranquilos você já sabe em quem NÃO votar.

É impossível prever com certeza o quem será o  próximo governador de SP. Mas baseado nos meus 30 anos de atividade política posso garantir o seguinte: Haddad não vencerá por um motivo simples, o eleitorado do interior do estado o rejeita aponto dele não ter visitado sequer uma grande cidade do interior.

Dos 34 milhões de eleitores paulistas cerca de 15 milhões residem e votam no interior.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.


Fonte: Jornal da Cidade Online

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