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segunda-feira, 25 de junho de 2018

William Waack debate o crescimento da direita, e fundador do PT cita Jair Bolsonaro

Segunda, 25 de Junho de 2018


Com exclusividade, o jornalista e apresentador, contou com a participação de três especialistas, e uma plateia de jovens trazida pelo CIEE.

Dado o crescimento da direita no Brasil, o jornalista William Waack (ex-globo) abriu um debate em seu programa, o Painel WW, nesta quinta-feira (21), com transmissão ao vivo através do Youtube. Como convidados, estavam presentes três especialistas da área política. Francisco Weffort (cientista político, professor emérito da USP e ex-ministro da Cultura) ‘fundador do PT’ – Weffort, inclusive, chega a citar Jair Bolsonaro, do PSL (Partido Social Liberal). Também como convidado o autor Bolívar Lamounier (cientista social e diretor da Augurium Consultoria), e o jornalista político da RedeTV! e rádio Band News, Reinaldo Azevedo.

Com uma plateia de jovens estudantes trazidos pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), o debate teve tendências mais filosófico-histórico, do que propriamente de costumes ou ideologias, sendo estes muito poucos.

Os únicos candidatos à presidência citados foram Jair Bolsonaro e Alckmin. Todo o cerne do debate sobre a direita apontava para o ex-capitão, ora tido como populista de direita, ora quase chegando ao extremo, nesta última. Bolsonaro vem se mostrando cada vez mais eclético, com uma direita conservadora, mas liberal na parte econômica.

William Waack intermedia debate sobre o crescimento da direita no Brasil com rodízio; Weffort ‘fundador do PT’ cita Bolsonaro
Logicamente, a ideia do debate era esclarecer o novo momento que o país vive, não só aqui como no mundo. Para isso, foi necessário um rodízio entre os participantes, com a intermediação de William Waack no debate. “Qual é o tema desse programa? É algo que está na política brasileira com muita força […] que é a direita”, destacou Waack, logo no começo do debate.

A primeira pergunta de William Waack foi direcionada a Francisco Weffort, que, para efeito, é um dos principais intelectuais que entende de populismo no Brasil. “Existe hoje um populismo de direita no Brasil?”, questionou o jornalista. Weffort por sua vez, fica alguns segundos em silêncio absoluto, até que finalmente dá seu parecer. “Existe algo parecido a um populismo de direita no Brasil, sim. Eu acho que Bolsonaro é muito parecido, mas não é o único caso de populismo de direita que nós temos na história brasileira”, enfatizou um dos fundadores do PT (Partido Dos Trabalhadores).

“Eu acho que Jânio Quadros foi um caso um pouco de direita. Enfim, não é uma novidade na história do populismo brasileiro. Em todo caso, existe”, comentou Francisco Weffort, de 81 anos, que outrora pedira desfiliação do PT por ir contra o que se tornara o partido. Ele, inclusive, já declarara que o PT havia se desnaturado. Na época do impeachment, disse que Dilma merecia o impedimento.

A fascinação da direita, segundo o fundador do PT e a influência dela na história do Brasil
Willian Waack questiona Weffort sobre a existência de alguma novidade no populismo que Weffort associara a Jair Bolsonaro.

No entanto, para o fundador do PT, não há novidade no populismo de Bolsonaro, apesar de que dissera apenas um resumido “eu acho que não”, demonstrando certa incerteza, mesclada à opinião. Para ele, há uma fascinação da direita com o tema da ordem. “O medo da confusão, o medo do caos. Esses são os temas que a direita mobiliza”, afirmou, destacando que esses são temas do passado e de hoje.

Já para o participante Bolívar Lamounier, 99% do Brasil é de direita. Com um faro apurado, o cientista político acha que tal fato se deve à “brecagem” do congresso; “o reacionarismo”, destacou. Falou ainda que até agora não ouviu nada consistente sobre os grandes dilemas do país. Apesar disso considera que até agosto isso possa se tornar mais visível.

Do outro lado, o jornalista Reinaldo Azevedo se mostrava um pessimista de direita liberal. Para ele, a direita que se populariza mostrou-se um grupo de reacionários da pior qualidade, que se une com o pior reacionarismo petista. Azevedo chega a citar Alckmin, no entanto seu apoio a ele não fica claro.

Mesmo com suas devidas experiências, os debatentes tiveram certa dificuldade de ‘decifrar’ a figura de Jair Bolsonaro, o comparando, por vezes, ao imperador francês e militar, Napoleão Bonaparte. Dado o ‘libertismo’, e a aparente mudança que representa.

A plateia também participou, logo no final do programa, quando cada especialista teve direito de receber uma pergunta.


via blastingnews

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