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domingo, 12 de novembro de 2017

Ex-diretor-geral da Polícia Federal queria reduzir indicações políticas na instituição

Domingo, 12 de Novembro de 2017

Foto: Divulgação / Polícia Federal

O ex-diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, queria reduzir o número de indicações políticas na instituição. Nas últimas semanas ele se reuniu com diretores e superintendentes para tratar do assunto. O primeiro dos encontros aconteceu pouco depois de o ministro da Justiça, Torquato Jardim, ter anunciado que não faria nenhuma troca no comando da PF - declaração dada em 16 de setembro. De acordo com a Folha, desde então Daiello contou a colegas do órgão que o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) pressionava o presidente Michel Temer para a troca do comando, algo que teria ficado mais frequente após a descoberta do bunker de R$ 51 milhões atribuído a Geddel Vieira Lima. A indicação do ministro era Fernando Segóvia, que foi nomeado na última quarta-feira (8). Segundo a Folha, o tema de mudança no formato de escola de diretor-geral foi retomado por Daiello por causa da possível nomeação de Segóvia, considerada uma ameaça. Ainda que não citasse o nome do colega, os interlocutores sabiam de quem se tratava por causa do modo como a articulação estava sendo feita no mais alto escalão do governo, por investigados na Lava Jato. Atualmente não há critério para a escolha do comando da PF, nem regra para tempo de permanência no cargo. A opção de lista tríplice, algo criticado por Daiello por enxergar politização do processo. Uma sugestão, por outro lado, seria a de que a nomeação devesse respeitar os quadros da instituição, tendo como opções os superintendentes e os integrantes da cúpula. Chegou-se também a debater um mandato para superintendentes regionais, mas não havia ideia fechada do que Daiello defenderia. Para que qualquer mudança acontecesse, seria necessário que um projeto de lei passasse pelo Congresso.

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