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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Dilma confirma três substituições



De olho na campanha eleitoral, a presidenta Dilma Rousseff ampliou a primeira etapa da reforma ministerial e incluiu a substituição de Helena Chagas, da Secretaria da Comunicação Social (Secom), pelo porta-voz da presidenta, Thomas Traumann. A mudança possibilitará uma convergência maior entre a comunicação do governo, a do PT e a da campanha eleitoral da presidenta Dilma. Permitirá, ainda, que a Secom adote um tom mais agressivo, como querem os petistas, em um ano eleitoral, no enfrentamento às notícias negativas envolvendo o governo. Ontem, a presidenta Dilma Rousseff confirmou três substituição no ministério. A troca de comando nas Comunicações deve ser anunciada, oficialmente, hoje nos ministérios da Saúde, Educação e Casa Civil.
marcello casal jr./abrJornalista Helena Chagas deixará a função de secretária de Comunicação Social da PresidênciaJornalista Helena Chagas deixará a função de secretária de Comunicação Social da Presidência

O PT considerava que a Secom, com Helena Chagas, tinha uma postura pouco combativa para responder à altura os ataques feitos ao governo. A “Operação Portugal”, que deixou Dilma exposta à críticas e representações da oposição contra o governo por ter omitido de sua agenda uma escala em Lisboa, com todo o seu staff, ocupando 45 quartos nos luxuosos hotéis Ritz e Tivoli, foi o pretexto ideal para sua saída, que inicialmente estava prevista para março.

Comando
Ontem, a presidenta Dilma oficializou o nome dos três primeiros ministros da reforma ministerial, todos petistas. Nomeou Aloizio Mercadante para a Casa Civil, Arthur Chioro para o Ministério da Saúde, e José Henrique Paim, para a Educação. O anúncio dos nomes estava sendo aguardado para a quarta-feira, 29, mas acabou adiado,  porque Alexandre Padilha, que deixou a Saúde para se candidatar ao governo de São Paulo, precisava aparecer em cadeira de rádio e TV em um pronunciamento, cuja justificativa era informar sobre o início da vacinação de HPV, que só começa em 10 de março.

A substituição de Helena por Thomas Traumann deverá ser anunciada oficialmente hoje. Mas Thomas tomará posse no cargo junto com os demais ministros, na próxima segunda-feira, dia três, às 11 horas, no Palácio do Planalto, em solenidade comandada pela presidenta Dilma.

Acertada a primeira etapa da reforma, a menos problemática, Dilma dará prosseguimento às conversas com o PMDB e os demais partidos da base aliada, que querem ampliar seu poder na Esplanada. Com esta primeira etapa, ela deixa claro que algumas áreas do governo ficarão longe da cobiça dos políticos aliados, como a Educação. Dilma gostaria de ter anunciado também o nome de Josué Alencar para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, no lugar de Pimentel, que vai disputar governo de Minas. Mas o empresário resistiu ao convite e informou à presidenta que deseja seguir o mesmo caminho de seu pai, na política. Ou seja, quer sair candidato ao Senado, como José Alencar, mesmo que sabendo que poderá não obter sucesso em sua primeira tentativa. Neste caso, poderia, em caso de segundo mandato, ir para o MIDC. Dilma, agora procura outro empresário com o perfil de Josué para o seu lugar.

CARGOS
Veja quem assume, a partir da próxima semana, novos cargos no primeiro escalão da Presidência da República:

Comunicação
Substituto de Helena Chagas na Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, 46 anos, assume o cargo após passar dois anos como porta-voz da Presidência da República. O jornalista vinha acumulando, também, o comando do gabinete digital, sendo responsável, entre outros, pelo blog e as contas de Dilma no Twitter e no Facebook. Foi assessor de imprensa de Antonio Palocci quanto o petista estava no comando da Casa Civil, no início do atual governo. Antes de ingressar no serviço público, passou por vários veículos de comunicação, como o jornal Folha de S. Paulo e as revistas semanais de informação Época e Veja.

Saúde
Substituto de Alexandre Padilha, que deixa o cargo para disputar o governo de São Paulo,  no cargo de ministro da Saúde, Ademar Arthur Chioro dos Reis, 50 anos, vai tocar agora um dos programas mais importantes do governo e essencial para a reeleição de Dilma, o Mais Médicos. Ele já havia passado pela pasta entre 2003 e 2005, como diretor do Departamento de Atenção Especializada. Médico com mestrado e doutorado em saúde coletiva, foi secretário de Saúde do prefeito Luiz Marinho (PT), em São Bernardo do Campo, no Grande ABC. Também já esteve à frente da Secretaria de Saúde de São Vicente, no litoral paulista, entre 1993 e 1996.

Educação
Substituto de Aloizio Mercadante, que assumirá a Casa Civil, no Ministério da Educação,  José Henrique Paim, 47 anos, é, há sete anos, secretário executivo da pasta de Educação. Em 2012, quando o então ministro Fernando Haddad se afastou para concorrer à Prefeitura de São Paulo, o nome de Paim foi cotado para assumir o comando do ministério. Economista, ele já foi subsecretário da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência. No Rio Grande do Sul, ocupou vários cargos de destaque nas administrações petistas de Olívio Dutra e Tarso Genro, tanto no Estado como na prefeitura da capital.

Casa Civil
Substituto de Gleisi Hoffmann, que deixa o cargo para disputar o governo do Paraná, na Casa Civil, Aloizio Mercadante Oliva, 59 anos, chega ao seu terceiro ministério no governo Dilma. Antes, ocupou as pastas de Educação e Ciência e Tecnologia. É formado em Economia pela USP, com mestrado e doutorado na área. Fundador do PT, foi vice na chapa de Lula na campanha derrotada de 1994. Foi eleito duas vezes deputado federal (em 1990 e 1998) e uma vez senador (2002). Também foi candidato a governador de São Paulo em 2006 e 2010, tendo perdido nas duas ocasiões para candidatos do PSDB.

Fonte: tribuna do Norte

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