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sábado, 4 de fevereiro de 2023

Graves acusações, ameaça de renúncia, recuo, mudança de versão… o que há por trás da ‘confusão’ armada por Marcos do Val? (veja o vídeo)

Sábado, 04 de Fevereiro de 2023



Confuso, contraditório e com traços de ‘ansiedade’, do Val fez as acusações ainda durante uma live em que participou com os ‘abusadores de ucranianas’, os ‘MBLers’, Arthur do Val e Renan Santos (vídeo no final desta matéria).

Ali, ele garantiu que teria participado de uma reunião, após o segundo turno das eleições, no ano passado, em que o ex-deputado federal Daniel Silveira e o presidente Jair Bolsonaro tentaram convencê-lo a organizar um encontro com o ministro do STF, Alexandre de Moraes para, com a utilização de escutas, incitar o magistrado a reconhecer que agiu fora dos limites da Constituição.

O conteúdo gravado, segundo do Val, seria, de alguma forma, tornado judicialmente válido e utilizado para prender Moraes e impedir a posse do ex-presidiário Lula.

Nesta quinta-feira (1), sentindo-se pressionado por seus eleitores, por ter anunciado votação em Rogério Marinho, o candidato de Bolsonaro e dos conservadores, para a presidência da câmara, mas ter trocado afagos acalorados com Rodrigo Pacheco, reeleito para o cargo, e com Davi Alcolumbre, seu cabo eleitoral, ele resolveu não só reforçar a história, como também emitir um comunicado oficial anunciando sua renúncia do cargo.

Primeiro, ele garantiu que as provas serão reveladas nesta sexta (3) por meio de matéria da revista Veja, mas, curiosamente, acabou voltando atrás e ainda convocou uma entrevista coletiva onde relatou uma nova narrativa sobre a tal ‘tentativa de golpe’.

Dessa vez, jogou toda a carga nas costas de Daniel da Silveira e garantiu que Bolsonaro não incentivou ou compactuou com o pedido do ex-deputado, e disse ainda que revelou pessoalmente a Moraes a proposta que tinha recebido.

No desenrolar, Daniel da Silveira, que já estava preso desde as primeiras horas da manhã (em função de outro processo no STF, com suposto desrespeito a medidas cautelares) levou toda a culpa.

Mas ficou também a responsabilidade a Marcos do Val, de apresentar as tais provas. Para tanto, ele prestou depoimento na tarde de ontem à Polícia Federal e ainda não se sabe se só repetiu o discurso ou se materializou a denúncia.

Da mesma forma, também teve que prestar esclarecimentos à Polícia, o presidente do PL, o partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto.

Em Brasília, corre a história que Marcos do Val ainda teria recebido um convite para se filar à legenda... o que deve ser abortado após essa situação embaraçosa.

Mas há uma série de questões que ‘não batem de jeito nenhum’:

- O Senador garante que jamais teve qualquer intimidade com Bolsonaro, jamais foi do governo e sequer teve algum encontro em agenda oficial com o ex-presidente, ao longo dos quatro anos de mandato. Sendo assim, por que foi chamado para ‘tal missão que demandaria tanta responsabilidade e confiança’?
- Ele também disse que conhece Alexandre de Moraes de outras datas, ainda quando atuavam na segurança pública, mas que não havia intimidade ou proximidade. Sendo assim, por que ele seria o escolhido para tentar ‘arrancar’ uma confissão tão grave do ministro?
- E, por último, por que o magistrado do Supremo só resolveu determinar que do Val esclarecesse os fatos à Polícia Federal (PF) na data de hoje, após o mesmo ter ido a público? O que impediu de tomar tal decisão no mesmo dia em que o senador lhe informou das supostas intenções golpistas, já que garantia estar municiado de provas?

Vale lembrar ainda que Marcos do Val ganhou notoriedade logo após os atos de 8 de janeiro, quando da grande manifestação em Brasília, com situações isoladas de violência e depredação, e mais de 1200 prisões no dia seguinte.

Foi ele que correu para o ginásio na sede da PF, onde estavam os que foram levados do quartel das Forças Armadas na capital do país.

E foi dele a acusação de que Lula e Flávio Dino, o ministro da Justiça, sabiam que os atos ocorreriam, mas nada fizeram para impedir ou para proteger os Três Poderes.

Para Lula, o senador recomendou um processo de impeachment… para Dino, cobrava o afastamento do cargo e a prisão imediata.

Mas eis que, do nada, ele não tocou mais nesse assunto e ainda surge com essa nova ‘história’.

Em um outro vídeo que já circula na Web, o ex-MBL, vereador de São Paulo, Fernando Holiday comenta os fatos e detona Marcos do Val, ao vivo, ressaltando justamente essa pirotecnia fantasiosa das acusações e a ‘insignificância’ do parlamentar para ser convocado para uma missão de ‘tal importância’ (vídeo abaixo).

Em uma análise global e mais fria, tudo parece ser fantasioso… ainda que reconheçamos que é preciso aguardar o desenrolar.

Da mesma forma, preocupa também o fato de vivermos tempos de perseguição, censura e ativismo judicial, o que torna situações e investigações como essa, carregadas de incertezas e temores.

Confira, nos vídeos abaixo, a primeira denúncia de Marcos do Val e o comentário de Holiday,

Assista:

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