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sábado, 23 de julho de 2022

Os donos do país, o “Totem-Sagrado”, a crise, o povo e o Presidente do povo

Sábado, 23 de Julho de 2022


Os donos do Brasil-jabuticaba inventaram um “Totem-Sagrado”, uma crise através dos jornais e descobriram que o povo lhes virou as costas e ainda tomaram um baile do Presidente.

Agora estão todos com “cara de menino mijado”. Todos. Eu disse todos!

E tudo aconteceu nesta semana, quando eles surgiram, irados, em razão de uma reunião de Bolsonaro com embaixadores.

Em grandes nuvens, como mosquitos hematófagos de vários tipos e cores, tentando chupar o sangue do Presidente com suas picadas venenosas, associações de advogados, procuradores, sindicatos da Polícia Federal e da Abin, embaixador dos EUA, Pacheco, os Ministros santinhos, Presidentes disto, Presidentes daquilo, Ongs, Abin, Policia Federal, todos para defenderem o “Totem-Sagrado” chamado de “urna eletrônica” , o “incriticável ser”, jamais violado, “não nascido” e “não criado”, das palavras do “malvado Bolsonaro”, que pedia apenas transparência.

Tudo transmitido com alarde pelo “Consórcio de Imprensa”, liderado pela Globo. Uma semana inteira de ataques ao Presidente, gritando que tudo era um grande escândalo e outras “coisitas más” e dando voz a qualquer um que quisesse atacar o Presidente e vetando qualquer um que defendesse o Presidente.

Só não tinha povo. Ninguém do povo. Nenhuma pessoa foi entrevistada. Nenhuma pessoa do povo participou de coisa nenhuma ou deu qualquer opinião sobre o assunto.

Nada. Nadica de povo. 214 milhões de pessoas vivendo no Brasil nesta semana de julho do ano de 2022, segundo as estimativas do IBGE e todos alheios, sem dar qualquer respaldo aos gritos do “Consórcio”, ao “Totem-Sagrado” ou a “crise” inventada porque o Presidente pediu transparência. Nada de povo.

Ninguém do povo foi consultado. Ninguém falou nada. Ninguém perguntou ao povo que votou e tornou Bolsonaro Presidente se ele estava certo ou errado sobre a questão das urnas e dos embaixadores.

O povo, para esta gente, é invisível.

E onde estava o povo?

Estavam nas casas e nas praças de todas as cidades do país dando milho aos pombos. Uns jogavam dominó, outros assistiam novelas, alguns brigavam com as esposas, outros assistiam filmes, namoravam, riam, uma grande maioria trabalhava, outros se divertiam, bebiam, faziam churrascos. Alguns pediam pelas portas, outros iam ao cinema, uns estavam roubando, outros fumando maconha, alguns liam um livro qualquer, uma grande maioria buscava os filhos nas escolas...

Na parte de cima, lá onde predomina a bolha do “fique em casa, a economia a gente vê depois”, os donos do país sem povo e as TVs, através de grupos de comentaristas gritavam que o evento com os embaixadores era um “show do golpista”, chamavam o Presidente de “psicopata”, de “governo autoritário”. E repetiam que outros veículos estrangeiros como Bloomberg (EUA), The Guardian (Reino Unido), Clarin (Argentina) e La Tercera (Chile) também repercutiram a reunião, sem citar que todos são de esquerda. Partidos acionaram o STF (PT, PSOL, PC do B, PDT, Rede, PSB e PV), pediram abertura de inquérito sobre a conduta do presidente. Sem também dizer que todos são adversários ferrenhos do Presidente.

E o povo que vota e elege essa gente? Onde estava o povo que trabalha e paga impostos? O povo não tem opinião?

O esquerdista de carteirinha, Luís Fernando Veríssimo, hoje com 85 anos, escreveu um texto cujo o título é “O Povo”. Os puxa-sacos de plantão, logo correram e afirmaram que o autor quis fazer uma ironia em todo o texto.  Ironia?

O comportamento dos donos da nação sem povo que você leu acima é uma ironia ou é um fato presenciado por todos? Veja o texto de Verissimo e verifique se ele está de acordo com as “esquerdas elitistas” que aceitam o povo apenas para trabalhar e pagar impostos ou fez uma ironia com o povo:

O POVO: 
“Não posso deixar de concordar com tudo o que dizem do povo. É uma posição impopular, eu sei, mas o que fazer? É a hora da verdade. O povo que me perdoe, mas ele merece tudo que se tem dito dele. E muito mais.
As opiniões recentemente emitidas sobre o povo até foram tolerantes. Disseram, por exemplo, que o povo se comporta mal em grenais. Disseram que o povo é corrupto. Por um natural escrúpulo, não quiseram ir mais longe.
Pois eu não tenho escrúpulo.
O povo se comporta mal em toda a parte, não apenas no futebol. O povo tem péssimas maneiras. O povo se veste mal. Não raro, cheira mal também. O povo faz xixi e cocô em escala industrial. Se não houvesse povo, não teríamos o problema ecológico. O povo não sabe comer. O povo tem um gosto deplorável. O povo é insensível. O povo é vulgar.
A chamada explosão demográfica é culpa exclusivamente do povo. O povo se reproduz numa proporção verdadeiramente suicida. O povo é promíscuo e sem-vergonha. A superpopulação nos grandes centros se deve ao povo. As lamentáveis favelas que tanto prejudicam nossa paisagem urbana foram inventadas pelo povo, que as mantém contra os preceitos da higiene e da estética.
Responda, sem meias palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse pelo povo? O povo é um estorvo.
É notória a incapacidade política do povo. O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmente vota em candidatos populares que, justamente por agradarem ao povo, não podem ser boa coisa.
O povo é pouco saudável. Há, sabidamente, 95 por cento mais cáries dentárias entre o povo. O índice de morte por má nutrição entre o povo é assustador. O povo não se cuida. Estão sempre sendo atropelados. Isto quando não se matam entre si. O banditismo campeia entre o povo. O povo é ladrão. O povo é viciado. O povo é doido. O povo é imprevisível. O povo é um perigo.
O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever. O povo não viaja, não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus. O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes. Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como uma máquina. Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente.
O povo deveria ser eliminado”.

Sim, Verissimo, na sua visão o povo é só um detalhe. Mas o povo, Verissimo, sabe que desde o seu aparecimento sobre a face da terra, desde a hora em que são expelidos do útero materno e dão o primeiro grito e choram, todo povo sabe que serão roubados, ou “expropriados”, termo usado pelas esquerdas elitistas quando se apossam dos governos, para justificar o roubo daquilo que é produzido com o trabalho povo.

A parte de cima, a classe dominante, sempre arranjará um jeito de explorar o povo, de enganá-lo, aliená-lo, através de jornalistas vendidos e intelectuais fajutos, metidos a humoristas, iguais a você.

Mas o povo também sabe apoiar os que se importam com ele e quando o povo acredita nisso, respalda, aceita, aplaude, pois sabe que ao dar o seu voto de confiança, aquele em quem o povo acredita repartirá alguma coisa com ele.

Assim como fez e está fazendo Bolsonaro nessa luta sem descanso que ele trava contra as esquerdas, contra a mídia, contra a estrutura podre do estado brasileiro montada pelas esquerdas para assaltar o povo, contra a pandemia, contra o desemprego, contra a crise dos combustíveis. Luta sem armistício. Sem pausa.

Sensível, Bolsonaro, reparte com o povo e devolve ao povo o imposto que o povo pagou. Vai ao meio do povo. Todo dia fala com o povo em frente ao palácio. Faz reuniões com o povo. Motociatas com o povo. Não tem medo do povo.

Não, Bolsonaro não tem medo do povo.

Bolsonaro se mistura a sua gente, come pasteis de beira-de-calçada, cachorro-quente, pizza e bebe garapa de cana com o povo.

É o verdadeiro Presidente do povo.

Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)


Fonte: Jornal da Cidade Online

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