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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Os efeitos da campanha de Mossoró para a sucessão estadual


1 de maio de 2014

Passada a campanha polêmica de Mossoró, começa de vera a campanha do Rio Grande do Norte.

Os palanques que foram montados em Mossoró, são os mesmos da sucessão estadual.

De um lado, o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB), pré-candidato a governador, com o vice João Maia (PR) e a pré-candidata ao Senado, Wilma de Faria (PSB).

Em Mossoró, o time subiu no palanque da ainda pré-candidata Larissa Rosado (PSB) que tem como vice o vereador Alex Moacir (PMDB).

Do outro lado, o vice-governador Robinson Faria (PSD), pré-candidato a governador, ainda sem vice e sem aliança formalizada, mas certo de uma coligação na majoritária com o PT, tendo como pré-candidata ao Senado a deputada Fátima Bezerra (PT).

Os dois estão no palanque do prefeito interino de Mossoró, Silveira Júnior (PSD), que tem como vice o vereador Luiz Carlos (PT).

De fora dos palanques de Mossoró e da sucessão estadual, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Em Mossoró, Rosalba ensaiou a candidatura da prefeita afastada Cláudia Regina (DEM), mas o projeto não resistiu às ações na justiça e ao grande número de cassações de Cláudia, aliados à inelegibilidade da prefeita afastada.

Insistindo até o fim numa possível reviravolta da justiça, Rosalba não trabalhou a substituição da candidata, e termina a campanha sem palanque.

Logo em Mossoró, sua terra, onde foi prefeita 3 vezes e onde considera que tem uma base consolidada ao ponto de, em sendo candidata a reeleição, mesmo mal avaliada nas pesquisas, começar com um capital eleitoral suficiente para lhe colocar no páreo.

Assim como Mossoró, Rosalba não tem palanque no cenário da sucessão estadual.

Não sabe ainda se terá a legenda para tentar a recondução ao cargo, não sabe ainda se terá o aval jurídico do TSE, já que se mantém inelegível, não sabe ainda se terá partidos para se aliar.

Na bolsa de apostas, os partidos – a maioria quase absoluta – estão na cota da candidatura de Henrique.

Sobram poucos para dividir com os outros projetos.

Ao ponto de Robinson ainda não ter um vice para chamar de seu, e de Rosalba não contar com um partido para chamar de aliado.

Salvo o PP, do cunhado-deputado Betinho Rosado.

Portanto…

Partindo de Mossoró…

A sucessão estadual começa botando no colo de Silveira Júnior ou de Larissa Rosado – Robinson ou Henrique – um aporte de votos pra lá de considerável.

Ou não.

E se o eleito for Silveira, e os votos que tiver, em grande parte, tiver migrado de Cláudia Regina, na intenção de deseleger Larissa…

Esses votos na segunda etapa do ano, ficarão com Robinson a pedido de Silveira…ou voltarão para o projeto de Cláudia, e se somarão à possível candidatura de Rosalba?



Terminada a sucessão em Mossoró, pelo jeito, o que for contabilizado nas urnas no próximo domingo, não significará muita coisa para a etapa de outubro.

É começar do zero e ver o circo pegar fogo.


Fonte: Thaisa Galvão

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