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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Criticado em lugares públicos, Randolfe apresenta projeto de lei contra "assédio ideológico"

 Segunda, 05 de Dezembro de 2022




Como o texto é muito genérico, ele é ainda mais perigoso e o juiz pode interpretar que qualquer censura a autoridades e poderes constituídos pode ser passível de punição.

Randolfe redigiu a proposta após ter vídeos compartilhados nas redes sociais de momentos em que é questionado por sua postura vacilante no Congresso Nacional e sua parcialidade com o Supremo.

Mas, não é de agora que o senador do Amapá restringe a opinião e o direito alheios. Foi dele, por exemplo, o pedido ao STF que quebrou os sigilos bancário e telemático de grandes empresários brasileiros por postarem suas posições em grupo privado de WhatsApp. Foi Randolfe também quem ingressou com ação para a corte investigar viagem do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) à Rússia, em fevereiro deste ano, e acionou o STF a respeito de declarações de Jair Bolsonaro sobre jovens venezuelanas. 

Em várias outras ocasiões, a ação de Randolfe também impediu que um delegado da PF fosse investigado, quis derrubar o perdão do chefe do Executivo Nacional ao deputado federal Daniel Silveira, puxou coro a uma investigação sobre imóveis da Família Bolsonaro e apresentou queixa-crime por calúnia e difamação.

Se a PL 2864/2022 dele for aprovada, quem interpelar autoridades em público poderá ser condenado à prisão por até quatro anos e ainda pagar multa. Se o questionado for político, jornalista ou artista, a pena aumentaria em dois terços.

O irônico da proposta é que Randolfe é um dos parlamentares que mais critica em público os opositores.

Sempre com críticas contundentes e desrespeitosas.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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Contato : (84) 9 9151-0643

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