Segunda, 14 de Março de 2022
Com a novidade da Federação Partidária, a situação ficou mais confusa, e a princípio, não deve vingar. As exigências para os partidos formarem as federações são impeditivas, a começar pelo próprio tempo, de obrigação de manter a união; 4 anos. Pelo visto, nem o jogo de cintura dos políticos, nem as vontades de seus adeptos num determinado estado ou cidade, farão que floresçam compromissos neste sentido.
A pulverização de interesses é muito diversa.
Se o tato político para coligações personalizadas, estado a estado, cidade a cidade, por partido, obrigam seus personagens a verdadeiros malabarismos nas negociações, com muita gente engolindo sapos, imagina em nível nacional?
Uma máquina de moer eleitores.
Neste final de semana, o PP (Partido Progressistas) recebeu novas filiações no estado do Espírito Santo. Tudo parece alegria, mas só parece. O imbróglio já começa pela direção nacional, que tem em seu presidente, Ciro Nogueira, e um de seus líderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, apoiadores incondicionais à reeleição do presidente Bolsonaro.
Já na ponta estadual, o deputado federal Josias da Vitória, por exemplo, ex-Cidadania, agora filiado ao PP, quer apostar suas fichas e apoio no atual governador capixaba, Renato Casagrande (PSB), bem como já faz o presidente estadual do PP, Marcus Vicente (que, aliás, é secretário estadual do governo pessebista).
Essa “aposta” do Josias se deve a um compromisso que o governador assumiu em alinhar seu apoio político ao PP, e seu recém chegado, alçando o Josias a seu vice na reeleição ou à vaga no senado. Mas, ao que tudo indica, o governador está prestes a pisar na bola (de novo). Como diz o deputado federal Evair de Melo, esse perfil de não cumpridor de palavra, é inerente à vida pública do governador Casagrande. E se observarmos bem, Evair de Melo tem toda razão.
Nos últimos dias, o mandatário estadual conseguiu a proeza de escapulir, saindo pela tangente, deste compromisso com o Josias e o PP, adular o PT (como bom esquerdista que é) e receber com flores o traíra-mor do Brasil, Sérgio Moro (pré-candidato à presidência pelo Podemos). A briga contra Renato Casagrande fez com que muitos do PT o atacassem. A situação dele não está fácil. Culpa dele mesmo!!!
Voltando ao PP... A direção nacional está com o presidente Bolsonaro, e a direção estadual está com o desafeto político Casagrande.
Essa maçaroca de interesses deixou claro que o discurso terá que ter mais do que o malabarismo para explicações. Os envolvidos estão escorregando feito quiabo para manter a pose e evitar complicações com o eleitorado. Difícil!!!
Então, ficou assim:
- O Casagrande alega que só vai definir seu vice e apoiar o candidato ao senado lá em maio ou junho.
- Arthur Lira (PP) disse que a direção nacional dá liberdade e autonomia para suas direções estaduais, corroborando com o presidente nacional, Ciro Nogueira.
- Josias da Vitória disse que o momento é de preocupação com seu novo compromisso partidário. Mas não deixa de esperar que o governador cumpra com o acordo firmado.
- Evair de Melo já fala em chapa própria do PP, tanto para governador, como para senador, caso o governador não cumpra com o acordo.
Em outras palavras, como vão sair dessa?
O palanque vai ser pequeno para acomodar tantas vaidades e busca pelo poder?
Fonte: Jornal da Cidade Online
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