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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Incoerente e demagogo, Doria corta verbas da Saúde e aumenta em 70% para a propaganda

Sexta, 18 de Dezembro de 2020

O Governador de São Paulo, João Dória (PSDB) que, durante todo o ano de 2020, iniciou uma guerra política contra o presidente Jair Bolsonaro, em torno das medidas a serem adotadas a respeito da contaminação pela covid-19 e também sobre a imposição da vacinação contra o coronavírus aos paulistanos, agora faz algo inusitado: o projeto de lei para o orçamento estadual de 2021, enviado por ele à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), corta, aproximadamente, R$ 800 milhões na verba destinada para a Secretaria de Saúde de SP.

O orçamento estadual foi aprovado, na madrugada desta quinta-feira (17), e chamou a atenção por estar, totalmente, desalinhado com o discurso de Dória sobre a saúde dos paulistanos. Por exemplo: na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deste ano, os recursos planejados foram de R$ 24,5 bilhões. Mas, para 2021, o valor cairá para R$ 23,7 bilhões, uma queda de cerca de 3,2%.

Em sua defesa, o governo alegou que o investimento de cerca de R$ 3 bilhões em razão da Covid-19 antecipou a compra de itens que não precisarão mais ser adquiridos em 2021, como respiradores e equipamentos de proteção individual. Isso explicaria, segundo ele, o corte na previsão orçamentária.

Se por um lado, houve a diminuição de centenas de milhões para a saúde, por outro lado, o setor de publicidade do governo paulista está “sorrindo pras paredes”. É que esse departamento, visto como “prioritário” para Dória, não sentiu qualquer pressão negativa. Ao contrário: o governador do PSDB destinou para propaganda institucional, em 2021, R$ 153,2 milhões, um aumento de 70% com relação à verba total deste ano: R$ 88 milhões.

Houve muitas divergências sobre o orçamento total no valor de R$ 246,3 bilhões, uma alta de 3% em comparação ao de 2020 (R$ 239 bilhões). Mesmo assim, foi aprovado por 42 votos a favor e 31 contra.

A proposta será encaminhada para a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, que vai elaborar o texto final, com emendas a serem inseridas. Em seguida, volta para votação final em plenário.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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