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sábado, 26 de dezembro de 2020

Ex-marido desferiu 16 facadas em juíza, a maior parte no rosto, diz laudo

Sábado, 26 de Dezembro de 2020

Paulo José Arronenzi preso ainda na cena do crime. Foto: Reprodução

Dezesseis cortes e perfurações a faca, dez deles no rosto e na cabeça, causaram a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, vítima de feminicídio pelas mãos do ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, pai de suas três filhas. Os ferimentos, que atingiram também a mão esquerda, com a qual tentou se defender, foram comprovados por meio de laudo de exame cadavérico do Instituto Médico-Legal do Rio (IML), ao qual O Globo teve acesso com exclusividade.

A juíza foi assassinada por volta das 18h do dia 24, véspera de Natal, na Barra da Tijuca, na frente das filhas, com idades entre 7 e 9 anos. O documento oficial traz informações aos investigadores que deixam claro que o acusado queria dar fim à vida da ex-mulher, e não apenas ameaçá-la.

Uma fonte que atua na investigação, sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), diz que, além do número excessivo de ferimentos a faca, começando pelo rosto, Paulo José, de 52 anos, continuou golpeando Viviane pelas costas, depois que ela caiu ao chão. Foram dez cortes na cabeça e seis na parte de trás do corpo.

Apesar dos ferimentos em várias partes do corpo, foi o corte na jugular que, segundo os peritos, a levou à morte imediata, sem possibilidade de socorro. O laudo revela ainda equimoses, ou seja, manchas arroxeadas pelo corpo. Mas são as escoriações nas costas e no ombro esquerdo que fazem os investigadores acreditarem que ela ainda foi arrastada pela calçada.

O laudo é assinado por dois peritos, entre eles a legista Gabriela Graça. A perícia foi concluída nesta sexta-feira, dia 25. Além do número excessivo de golpes, o fato de o ex-marido ter três facas na mochila reforçam a tese da premeditação do crime. A faca utilizada para matar a vítima ainda não foi encontrada pela polícia.

O Globo

OPINIÃO DOS LEITORES:
  1. César Augusto de Oliveira Paiva

    A difícil acreditar que um elemento com uma conduta dessa possa ter sido algum dia chamado de humano, na verdade é um monstro assasino calculista e frio que teve a coragem de praticar uma perversidade dessas com um ser humano e ainda mais diante dos olhos das filhas que o imploravam por clemência e gritavam aflitas e em pânico para que parasse com tamanha crueldade, esse canalha, monstro , bandido merecia no mínimo uma prisão perpétua e numa cela de 1 metro quadrado para que não conseguisse se que deitasse, cadeia pra esse vagabundo até a morte.

  2. Wilmar Pereira Gonçalves

    Eu preciso entender quais as motivações do crime. Na cabeça dele tem esses motivos, por mais que torpes. A sociedade precisa saber tais motivações inclusive para que cada pessoa possa dar as suas interpretações corretas e pontuais, e que tais opiniões sirvam de orientações pedagógicas e preventivas de fatos tão recorrentes. A classe social do indivíduo determina mais ou menos a prática de crimes desta natureza? Em que classe social mais acontece o feminicídio? É cabível indagar a culsa da vítima para um absurdo deste? Até que ponto, ou não tem ponto algum, afinal é um casal de formação superior? Estes dias vi na TV um juiz que julga crimes da Maria da Penha que disse mais ou menos assim que "não existe crime sem motivo". Nesta perspectiva, acho que a televisão precisa não só denunciar os crimes mas também abordar a questão também de forma pedagógica. É cabível a luta e a denúncia contra o "machismo" (nem todo homem é machista) e ao mesmo tempo a promoção da desconstrução da cultura da autoridade do "macho" sobre a "fêmea (veja que até recente o Código Civil continha regras neste sentido). Alguém pode expandir esta ideia?

  3. Antonio Turci

    Urge o Parlamento alterar a lei penal. Esse criminoso não pode ficar impune. Prisão perpétua no safado.

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