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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Terceiro lote da cerveja Belorizontina está contaminado com dietilenoglicol, diz polícia

Terça, 14 de Janeiro de 2020

Cervejas da Backer à venda em mercado: produto é investigado pela polícia como causador de síndrome nefroneural Foto: O Tempo / FOTO : Cristiane Mattos / O Tempo

A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou na manhã desta segunda-feira que um terceiro lote da cerveja Belorizontina está contaminado com o dietilenoglicol, material que pode ser usado no processo de refrigeração industrial. Além disso, outro material, o monoetilenoglicol, teria sido encontrado em amostras do produto.

O novo lote contaminado é o L2 1354. Até o momento, as investigações apontavam para apenas dois (L1 1348 e L2 1348), disponibilizados desde novembro em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Espírito Santo.

O superintendente de polícia técnico-científica da Polícia Civil Mineira, Thales Bittencourt, explicou durante a coletiva que existe uma “grande variação do que seria uma dose letal”, que pode ser de 0,0014 mg/ kg até 0,0017 mg/kg. Isso significaria, na prática, que a quantidade letal para um homem de 70 kg pode ser de 1g a 12g.

Em uma vistoria na fábrica da cervejaria Backer, produtora da Belorizontina, a Polícia Civil encontrou resíduos de dietilenoglicol, também conhecido como éter de glicol, em uma máquina que atuaria no resfriamento das bebidas.

O solvente, considerado tóxico, causou insuficiência renal grave e alterações neurológicas em 11 pessoas que teriam consumido a bebida. Um dos pacientes morreu na última terça-feira, em Juiz de Fora. A enfermidade tem sido tratada como “síndrome nefroneural” pelas autoridades.

Ainda segundo a corporação, o laudo definitivo deve ser concluído “nos próximos dias”. A cervejaria Backer, que produz a Belorizontina, nega usar o dietilenoglicol em qualquer etapa do processo de produlção de suas cervejas.

No fim de semana, os investigadores afirmaram que nenhuma hipótese está descartada, incluindo a de sabotagem por um ex-funcionário.

Até o momento, todas as vítimas identificadas pelo governo compraram a cerveja no bairro de Buritis, em Belo Horizonte. No entanto, os lotes contaminados também foram vendidos em outros bairros da cidade e de Nova Lima, cidade da Região Metropolitana da capital que faz divisa com Buritis. Em BH, também foram encontradas unidades no bairro Cidade Nova e no Centro, todas na mesma rede de supermercados.

Todas as unidades estão sendo recolhidas em pontos de entrega na capital mineira. A Backer e o Procon mineiro se disponibilizaram a buscar unidades dos lotes nas residências dos consumidores.

O Globo

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Contato : (84) 9 9151-0643

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