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sexta-feira, 14 de junho de 2019

PGR pede à PF unificação dos inquéritos sobre ataques de hackers a procuradores; Raquel Dodge argumenta que atuação criminosa foi ‘sistemática’

Sexta, 14 de Junho de 2019

Foto: Jorge William / Agência O Globo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo , solicitando que a corporação unifique em um inquérito só as diversas investigações abertas para apurar ataques de hackers a procuradores do Ministério Público Federal ( MPF ).

Para Dodge, houve um “ataque cibernético sistemático” contra membros da instituição e, por isso, seria importante adotar uma linha de investigação unificada. A procuradora-geral diz que é importante descobrir os motivos dos ataques e se há “eventuais contratantes” do serviço criminoso.

A PF já abriu ao menos quatro inquéritos para apurar os ataques, relacionados às forças-tarefas da Lava-Jato em Curitiba, Rio, São Paulo e Brasília. Caso o pedido de Dodge seja aceito, será tudo unificado em um inquérito só.

Para agilizar as investigações, a procuradora-geral encaminhou à Polícia Federal cópias de documentos para subsidiar a apuração desses crimes. Ela também solicitou ao diretor-geral informações sobre o atual estágio das investigações relativas à invasão das contas dos membros no aplicativo Telegram.

No ofício, Raquel Dodge pontua que “a ação criminosa resultante dessa invasão da conta dos membros, ou o chamado ‘sequestro’ de identidade dentro do aplicativo, tornou-se de conhecimento público a partir de recente divulgação, pela mídia, de dados e informações coletados de forma ilícita de celulares de membros do MPF”, divulgou a PGR em comunicado à imprensa.

Os primeiros ataques contra membros das forças-tarefas de Curitiba e do Rio foram comunicados em maio à PGR, que abriu um procedimento administrativo para apurar o assunto. Na ocasião, também foi solicitado a abertura de inquérito policial.

Dodge pediu ainda à PF a abertura de uma investigação sobre a invasão do celular do conselheiro Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). De acordo com a colunista Bela Megale, seu telefone foi invadido por um hacker que enviou mensagens ao grupo do CNMP no Telegram.

O Globo

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