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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Integrante de grupo de extermínio com mais de 100 assassinatos no RN é preso em Minas, diz polícia

Quarta, 13 de Junho de 2018


Um suspeito de integrar um grupo de extermínio responsável por mais de 100 assassinatos no Rio Grande do Norte foi localizado e preso em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil. Josenildo Alves da Silva, 28 anos, estava morando e trabalhando em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi preso no dia 14 de maio e apresentado nesta segunda-feira (11).

Os homicídios foram cometidos em Ceará-Mirim e em região, em período não especificado. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha alega que atuava para “combater a criminalidade” e os alvos eram pessoas envolvidas em assalto, estupro, homicídios e tráfico de drogas, dentre outros crimes.

“Eles se denominam justiceiros. Executam pessoas que eles atribuem se tratar de criminosos, independentemente de facções, por encomenda e espontaneamente. Tinham dias que eles, simplesmente, saíam para matar. Ou encomenda, por exemplo, o indivíduo assaltou um comércio de alguém ligado ao grupo, eles descobriam quem tinha executado [o assalto] e matavam ”, disse o delegado Felipe Freitas.

Não há relato de pagamento pelos crimes. “Não cobravam em espécie, mas era, tipo, favores. O indivíduo matava um cara que roubou na mercearia, depois ele ia lá na mercearia fazer uma compra”, explicou.

A atuação do grupo no Rio Grande do Norte é apurada em 121 inquéritos. Desde janeiro, segundo a polícia, oito pessoas foram indiciadas nesta fase da operação. Além de Josenildo, cinco integrantes que já estavam presos e dois suspeitos foragidos. Ainda segundo o delegado, há ligação de policiais militares nos crimes.

“Há participação de policiais militares, que foram identificadas, há policiais militares presos no Rio Grande do Norte em virtude de participação”, disse. Não foi especificada a data destas prisões.

A corporação em Minas foi acionada pelo Ministério da Justiça para cumprir a prisão de Silva, que estava foragido desde o final de 2017. Ele conseguiu trabalho em Betim sem usar nome falso. O suspeito deixou o norte do país quando comparsas começaram a ser presos e se estabeleceu na cidade mineira. Era vendedor em uma loja de eletrodomésticos, no bairro Santa Cruz, onde foi preso.

“Indivíduo de extrema periculosidade, participa de um grupo de extermínio em Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, ao qual se atribui mais de 109 homicídios. São chacina, inclusive numa delas quatro adolescentes assassinados friamente”, disse.

Durante a apresentação, o suspeito não quis falar sobre as acusações. Para a polícia, disse que a participação dele na quadrilha era de menor importância, o que é contestado na investigação. “Mas há informação nos autos que ele efetivamente participou dessas execuções”, disse o delegado.

VIA G1/MG / O Natalense

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