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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Comprovantes bancários indicam pagamentos de R$ 1 milhão a amigo de Temer

Quinta, 26 de Outubro de 2017 

Empresário José Antunes Sobrinho | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Comprovantes bancários apresentados à Justiça por uma empresa que tentava prestar o serviço de mídia externa no aeroporto de Brasília indicam o pagamento de mais de R$ 1 milhão para o empresário e coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer e investigado como o mais antigo operador de propinas dele na Operação Lava Jato. Segundo informações divulgadas pelo El País nesta quarta-feira (25), a Alúmi Publicidades fez depósitos de aproximadamente R$ 469 mil em 17 de outubro de 2014 e outros R$ 622 mil em 3 de novembro de 2014 em uma conta bancária da PDA Projeto, empresa de Lima Filho. Os pagamentos teriam sido ordenados pelo empresário José Antunes Sobrinho, sócio-controlador da empreiteira Engevix e que participou do consórcio Inframérica, que assumiu o aeroporto de Brasília depois da privatização em 2012. Os comprovantes bancários foram apresentados pela Alúmi em setembro deste ano como parte de uma ação protocolada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal em setembro deste ano. A empresa de publicidade tenta provar que foi enganada por Antunes e não sabia que estava sendo envolvida em uma troca de favores. Ainda conforme o El País, como a Alúmi tentava prestar serviços no aeroporto de Brasília, administrado por um consórcio que tem Antunes como sócio, a empresa estaria disposta a fazer o pagamento e prestar esse favor. Antunes revelou o caso inicialmente durante a negociação para um acordo de delação premiada em 2016 e classificou os repasses como propina. Ele informou que o depósito de mais de R$ 1 milhão foi solicitado pelo amigo de Temer em nome do presidente. Os pagamentos seriam uma retribuição ao fato da Engevix ter conseguido cerca de 70% de um contrato de R$ 162 milhões junto à estatal Eletronuclear. No entanto, o as tratativas foram encerradas porque a proposta, segundo o Ministério Público Federal (MPF), "não atingiu o interesse público". Mesmo assim, a Alúmi entrou com uma ação para tentar provar que não sabia da troca de favores. Procurado pelo El País, Temer informou que "que não autorizou ninguém a receber valores em seu nome, nem jamais pediu valores a quem quer que seja".




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