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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Polícias Civil e Federal negam presença do PCC no Estado do Rio Grande do Norte


Delegado de Combate ao Narcotráfico no Rio Grande do Norte por três anos e três meses, Odilon Teodósio dos Santos Filho diz que não existe, aqui, facções do crime organizado como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que se originou em São Paulo e se espalhou por 16 estados do país, segundo noticiou a "Folha de S. Paulo".

O diário paulista cita que no Rio Grande do Norte os crimes associados ao PCC estão ligados ao tráfico de droga, que, segundo o delegado Odilon Teodósio é fomentado a partir do sistema prisional do Estado, mas não tem nada comprovando que o PCC atue como um grupo criminoso organizado e com toda uma hierarquia de comando. "O que existe aqui são grupos criminosos, que se formam dentro dos presídios para atuar lá fora".

Odilon Teodósio está deixando a Denarc para assumir a Divisão de Polícia do Oeste do Estado (Divpoe) mas disse, de qualquer modo, que a droga vendida no Rio Grande do Norte é oriunda de São Paulo para os presos, os quais, de lá de dentro controlam o tráfico feito por pessoas de confiança que estão fora dos presídios.

Teodósio explica que a droga vinda de São Paulo é refinada e da pior qualidade - "a borra" -, como se diz no jargão da criminalidade. Isso ocorre, segundo Teodósio, porque nos presídios estaduais, como em todo o país, não existe a segurança que existe nos presídios federais, onde é mais difícil os contatos entre os criminosos que estão presos e seus comparsas no exterior do presídio, em virtude do uso de aparelhos de telefonia celular.

Segundo Teodósio, não é de seu conhecimento que também exista no Rio Grande do Norte alguma facção do Comando Vermelho, do Rio de Janeiro. O que normalmente ocorre, explicou ainda o delegado, é que os condenados de justiça se conhecem dentro dos presídios e, como aqui já estiveram paulistas presos, eles ficam se organizam entre si e planejam a execução de crimes de dentro e fora do presídio, com ajuda inclusive de familiares.

O superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, delegado Marcelo Mosele, também disse não ter conhecimento de ramificações do PCC no Estado. "Não temos indicativo de que existem células do PCC aqui no Rio Grande do Norte", disse ele, e completou: "O que ocorre é que no mundo do tráfico de drogas, como acontece em toda e qualquer atividade comercial, os criminosos acabam tendo contato uns com os outros".

De acordo com a "Folha de S. Paulo", crimes como assalto a banco, tráfico de drogas, roubo de carro e lavagem de dinheiro têm a participação do PCC nos nove Estados da região Nordeste, além de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. Segundo a "Folha", o número de Estados onde ocorrem ações do PCC é o dobro do que apontou a CPI do Tráfico de Armas da Câmara dos Deputados em 2006.
Fonte: Tribuna do Norte

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