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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O que encontrará Robinson Faria na oposição?


Com representação expressiva nas hostes oposicionistas, o vice Governador Robinson Faria vai encontrar ainda o grupo do ex-Prefeito Carlos Eduardo e do deputado estadual Agnelo Alves, ambos do PDT.

Embora Carlos Eduardo esteja até agora na liderança de todas as pesquisas para a Prefeitura de Natal e Agnelo Alves detenha forte presença eleitoral em Parnamirim, terceiro maior município do Estado, o PDT não dispõe de uma grande estrutura estadual.

Quer dizer: o vice governador, líder do PSD no RN, não pode pensar somente na capital.

Ele tem por obrigação encontrar caminhos para todos os seus prefeitos, vereadores, vices, nos 140 municípios onde seu partido instalou diretórios e/ou comissões provisórias.

Uma aliança com o PDT em Natal é perfeitamente viável do ponto de vista político.

Carlos Eduardo e Robinson Faria convivem desde os tempos de adolescência, são amigos e foram deputados juntos.

O que pode atrapalhar os planos do vice governador, no caso de Natal?

Exatamente a tese que PSB, PT, PDT e o próprio PSD estão defendendo: união já das oposições.

Acontece que cada um quer união em torno deles. Vilma quer o apoio de todos. O PT espera a adesão de todos ao nome de Fernando Mineiro.

E Carlos Eduardo, líder das pesquisas, não pode pensar diferente: apoio ao PDT logo no primeiro turno.

Uma aliança entre PSB, PT, PDT e PSD provocará um dilema: quem sobra na composição da chapa.

Destes o de menor poder de fogo eleitoral em Natal é sem dúvida o PSD. Até pela razão que esta será a primeira eleição do partido.

Pelo interior, jogar o PSD completamente na oposição será um suicídio anunciado.

Proibido de aliar-se ao DEM, o partido no Governo, o Vice Governador terá que pensar que cada caso é um caso, cada cidade tem suas peculiaridades.

Em algumas poderá aliar-se ao PSB, noutras ao PMDB, também ao PR e assim por diante.

O desempenho dos dois deputados do PSD na Assembleia – Gesane Marinho e José Dias – também pode levar seus prefeitos a situações complicadas.

Os dois já correram para gritar que serão “independentes”, seja lá isso o que significar em ano eleitoral.

Nestas fases, ou é ou não é governo. É ou não é oposição. A política no interior é bem maniqueísta e eles sabem disso.

Os palanques se estreitam nas relações municipais.

Anunciar que vai embarcar de cara nas oposições – tarefa difícil nas companhias de Vilma, Fátima, Mineiro, PT, Carlos Eduardo e Agnelo – pode ser outra precipitação, no fogo do rompimento com o Governo.

O razoável seria aguardar a poeira sentar, avaliar com maior precisão as perdas e os ganhos e refazer as estratégias de luta para eleição que se avizinha.

Do Fator RRH

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