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terça-feira, 6 de setembro de 2011

RN tem policiais militares com desvio de função em 48 municípios

Levantamento feito pela Associação de Cabos e Soldados foi apresentado em audiência no Ministério Público Estadual.

Por Thyago Macedo
Fotos: Thyago Macedo
Promotor Wendell Beetoven, idealizador da audiência

O número de policiais militares que atuam com desvio de suas funções no interior do Rio Grande do Norte é maior do que se imagina. De acordo com a Associação de Cabos e Soldados da PM, em 48 municípios do Estado existem policiais fazendo outra função que não é o policiamento ostensivo. A maioria deles desempenha a custódia de presos.
Leia Mais: “Polícia Civil precisaria de mais 3 mil policiais para atingir o ideal”, diz promotor

Os números foram repassados durante audiência realizada nesta segunda-feira (5) pelo Ministério Público Estadual. Inicialmente, o comandante da Polícia Militar, coronel Araújo Silva havia informado que 80 PMs estava trabalhando dentro das delegacias, desempenhando, inclusive, as funções de agentes e escrivães.
Contudo, o presidente da Associação de Cabos e Soldados, o cabo Jeoás, destacou que deve ser incluída na conta os policiais militares que cuidam de presos nas delegacias do interior. Ele informou ainda que apenas 5% das cidades do Rio Grande do Norte dispõem do efetivo considerado ideal pelo que determina as Nações Unidas, que estabelece uma média de um policial para cada 250 habitantes.
“A maioria dos municípios do interior tem um policial para cada mil habitantes”, disse o cabo Jeoás. O desvio de função, de acordo com os participantes da audiência, acontece em virtude da falta de policiais civis. Para se ter uma ideia, das 167 cidades do Rio Grande do Norte, apenas 13 dispõem de escrivão da Polícia Civil”.
Policiais militares e civis participaram da audiência e mostraram problemas
Em algumas delegacias, a situação chega ao ponto de populares ajudarem na confecção de boletins de ocorrência. Diante desse cenário, o promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra, propositor da audiência, afirmou que está sendo preparado um termo de acordos com o Governo do Estado para tentar solucionar o problema.
“O acordo é para que sejam retirados os policiais que estão com desvio de função. Até porque isso tem gerado custos para o Estado, que está sendo obrigado a pagar as diferenças de vencimentos dos policiais. Caso não seja atendido o acordo, nós seremos obrigado a ajuizar uma Ação Civil Pública”, completou o promotor criminal
Sobre a possível ida de policiais civis para o interior do Estado, principalmente par a cidade de Mossoró, o titular da Diretoria de Polícia Civil do Interior, delegado José Carlos, informou que a Delegacia Geral fez um levantamento e determinou que 20 agentes fossem deslocados para Mossoró. No entanto, alguns deles se negaram e apresentaram recursos. Com isso, é preciso um prazo de 30 dias para análise desses recursos.

Fonte:Portalbo editado por Martins em Pauta

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