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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Atraso de obras em Natal leva governo a admitir ser incapaz de cumprir prazos



A três anos da Copa do Mundo de 2014, as 12 cidades brasileiras que se programam para sediar o torneio correm para não ficar atrás do cronograma das obras previstas. Nesta corrida, quem está na lanterna é a cidade de Natal (RN), que tem praticamente todas as obras atrasadas ou sequer iniciadas.

O atraso já ganhou selo oficial. As autoridades locais são as primeiras no país a admitir publicamente que algumas das principais obras planejadas para a Copa não estarão prontas a tempo de honrar o compromisso firmado na Matriz de Responsabilidade da Copa, assinado em janeiro de 2010 e que determina que todos os empreendimentos feitos para o torneio devem ser concluídos até dezembro de 2013.

As obras que as cidades estão fazendo na atual fase de preparação, basicamente, são de três tipos: construção de estádios, ampliação e reforma de aeroportos e obras de mobilidade urbana, como avenidas e soluções de transporte coletivo. Cada cidade-sede tem o seu calcanhar de Aquiles.

As obras do novo estádio não estão nem perto de começar. Antes, é preciso demolir o tradicional João Machado, ou “Machadão”, que dará lugar à Arena das Dunas, considerado um dos projetos mais modernos de estádio para a Copa de 2014. A arena vai custar, de acordo com o Ministério do Esporte, R$ 413 milhões. Desse dinheiro, R$ 289 milhões deveriam ser obtidos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), através da linha de financiamento Pró-Arena.

Das oito cidades-sede que solicitaram o empréstimo ao banco, só duas ainda não receberam, Natal e Belo Horizonte (MG). A obra é uma PPP (Parceria Público-Privada) entre o Estado do Rio Grande do Norte e a empreiteira OAS, que poderá explorar o estádio por 23 anos.

Como o tomador de empréstimo é um ente privado, as exigências de garantia são maiores do que nas obras públicas. É preciso, por exemplo, que se apresente um conjunto de bens executáveis na Justiça que somem 130% do valor do empréstimo. O BNDES afirma que o pedido da OAS está “em análise”.

Deu no Uol

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